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Cozinha de 50 tons

Nos livros de receita inspirados na trilogia erótica, frango, bacon e couve são os objetos do desejo

ISABELLE MOREIRA LIMA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CHICAGO

Em menos de dois anos, desde o seu lançamento como e-book, "Cinquenta Tons de Cinza", de E.L. James, já foi traduzido para 45 idiomas.

No ano passado, tornou-se o livro mais vendido da história do Reino Unido e, nos Estados Unidos, 35 milhões de cópias foram comercializadas desde abril.

No Brasil, 1,2 milhão de cópias saíram das estantes. A trilogia, que também reúne "Cinquenta Tons Mais Escuros" e "Cinquenta Tons de Liberdade", vendeu 2,5 milhões.

A febre continua. O livro está há 41 semanas na lista dos mais vendidos do "New York Times" e há 28 semanas no ranking da Folha.

Diante do sucesso, era esperado que o fenômeno da trilogia se disseminasse para outras áreas: um filme -já em produção-, uma trilha sonora de música clássica -já à venda-, quem sabe um musical da Broadway e até uma linha de produtos licenciados para adultos, como brinquedos eróticos.

Surpreendente é ver que a onda chegou à cozinha. Nos EUA, foram lançados pelo menos três livros com esse viés.

Em vez do senhor Grey, o milionário chegado a práticas sadomasoquistas que seduz uma jovem universitária, o objeto do desejo do leitor é um belo frango, como em "Fifty Shades of Chicken" (até o fechamento desta edição, a editora não havia informado se terá tradução no Brasil).

E ainda há o bacon, o rei da parceria culpa-prazer, em "Fifty Shades of Bacon".

Ou até mesmo a couve, o ingrediente da vez nos cardápios norte-americanos, em "Fifty Shades of Kale" (ambos não têm previsão de lançamento no país).

Ao que tudo indica, o termo "food porn" -movimento de fetichização da comida- acaba de ganhar novo sentido.


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