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Perigo nas encostas

DOS ENVIADOS AO LITORAL DE SP

"É nítido que o solo nos trechos de serra da Rio-Santos e da Mogi-Bertioga estão à beira de um colapso. Está tudo encharcado, e o monitoramento de deslocamento do solo precisa ser permanente."

A constatação é de Deyna Pinho, geólogo do Serviço Geológico do Brasil, órgão federal ligado ao Ministério de Minas e Energia. A mesma avaliação foi feita na Anchieta e na Imigrantes pelo geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, estudioso da serra do Mar e ex-diretor do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), vinculado ao governo paulista.

"Deslizamentos mostram que a natureza manda recado. A concessionária [Ecovias] precisa tomar medidas preventivas. Não há motivo para alarmismo, mas é preciso ter atenção", diz Santos.

Os dois geólogos acompanharam o mapeamento dos deslizamentos das rodovias a pedido da Folha -Pinho no litoral norte e Santos, no sul.

Ao analisar os trechos com deslizamento da Rio-Santos e da Mogi-Bertioga, Pinho amassou com as mãos pedaços de barro molhado para mostrar água pingando.

"Imagina a força que essa água acumulada pode exercer nessas encostas. É muito provável que isso tudo vá cair. Nesses casos, a melhor solução sempre é interromper o tráfego e fazer uma limpeza controlada das encostas."

Outro grave problema, diz Pinho, é a infiltração da água da chuva nas rochas. "Com o tempo, a água acaba lançando grandes pedaços de pedras no chão das estradas."

Ao se referir principalmente à Anchieta, Santos pensa da mesma forma. "Entre dezembro e março, período das chuvas mais fortes, não ficaria tranquilo em saber que algum parente tem de trafegar pela Anchieta."


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