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'Se você não mata, morre', afirma ex-chefe de gangue

DO ENVIADO A NATAL

Chefe de gangue no início dos anos 1990 em Felipe Camarão, um dos bairros onde mais se matam jovens em Natal, Alcemir Varela da Silva, 43, viu a violência urbana mudar de perfil nos últimos anos: da briga de gangues para o tráfico de drogas.

A consequência dessa transformação, afirma, é o aumento expressivo nas mortes de adolescentes.

"No meu tempo eu queria meus inimigos vivos, nenhum morto. Eles tinham que estar vivos para me ver reinando. Hoje você tem que matar logo, porque se você não mata, você morre", compara.

Segundo ele, alguns de seus amigos morreram com mais de 20 anos. "Os caras naquela época duravam mais".

FAMA

Silva conta que entrou para as gangues aos 16 anos. A motivação era a fama. "Hoje é a questão do poder aquisitivo", avalia.

Ele deixou a vida nas gangues após levar cinco tiros numa emboscada armada por um inimigo em seu próprio bairro.

Hoje, ainda em Felipe Camarão, Silva ensina capoeira para jovens em escolas e projetos sociais.


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