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Cotidiano

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Yolanda Vidigal Meyer (1920-2013)

Fundadora, em 1963, da escola Vera Cruz

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Quando Yolanda Vidigal Meyer foi colocar Luís na escola, em 1963, nenhuma instituição da cidade a agradou.

Queria que o primeiro filho crescesse e "construísse seu pensamento com liberdade", junto com os professores. Por isso, naquele ano, ela fundou a própria escola: a Vera Cruz.

Filha de Alcides Vidigal, que foi advogado, deputado federal, presidente da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e fundador da Cosipa, perdeu a mãe bem cedo, com sete anos.

Ajudou a criar os irmãos (11, contando os do segundo casamento de seu pai) e, aos 17, ainda aluna do colégio Nossa Senhora de Sion, começou a fazer trabalhos voluntários de orientação a mães pobres.

Por um tempo, deu aulas no próprio Sion, até decidir fazer faculdade. Contornou a resistência de seu pai e se formou em biblioteconomia. Trabalhou na biblioteca da Faculdade de Medicina da USP e na do Museu Paulista (no Ipiranga), para onde foi a convite de Sérgio Buarque de Holanda.

Cinquenta anos atrás, nos fundos de um prédio ocupado por uma empresa do marido, Luís, engenheiro, abriu a escola, que passou a coordenar -atuou até 2006. Queria uma instituição sem dogmas. O Vera Cruz hoje tem 2.500 alunos em cinco unidades.

Segundo o filho, sua mãe era brincalhona, de respostas rápidas e carinhosa. Até poucos anos atrás, gostava de escrever contos num notebook.

Superou um câncer e uma dengue aos 90. Pegara uma pneumonia. Viúva desde 1975, morreu anteontem, aos 92, após parada cardíaca. Teve dois filhos e quatro netos. A missa do sétimo dia será na terça (2/4), às 19h, na igreja da Cruz Torta, em São Paulo.


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