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Treze ônibus são incendiados no Paraná em menos de dez dias

Ataques atingem quatro cidades; Estado diz que ações são isoladas

ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA

Em menos de dez dias, oito ataques a ônibus foram registrados no Paraná. Os veículos integravam a rede de transporte público de quatro cidades. Treze foram incendiados, em ação semelhante ao que ocorreu em Santa Catarina no início deste ano.

O último ataque foi na noite de domingo, em Londrina, onde dois outros ônibus já foram queimados. Não houve feridos. O governo estadual não vê ligação dos ataques com o crime organizado, mas não a descarta e transferiu, na semana passada, 38 presos ligados a facções criminosas para presídios federais.

Essa ação, diz o governo, foi "preventiva", em razão de monitoramentos que identificaram que os presos queriam promover ações criminosas fora dos presídios.

Além dos incêndios, cuja motivação ainda não foi identificada, dois agentes penitenciários foram assassinados no mesmo período, mortes sob investigação. Para o governo, porém, os fatos não estão relacionados.

O secretário da Segurança, Cid Vasques, disse à Folha que o governo monitora os ataques. Ele carregava, no bolso, um relatório com o andamento das investigações.

"O serviço de inteligência está operando de maneira vigorosa", diz. "O que estamos percebendo é que são ações isoladas, sem vinculação."

RIGOR

Fontes do setor de segurança, como advogados e policiais, dizem que a atual gestão tem feito inspeções rigorosas nas penitenciárias e retirado privilégios das facções criminosas, o que poderia ser a motivação para os ataques.

Já agentes penitenciários se queixam da superlotação das prisões, fato que o Estado nega dizendo que o aumento do número de presos (de 14 mil para 17 mil, desde janeiro de 2011) se deve a reformas nos estabelecimentos.


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