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Metas de Haddad dependem de verba federal

Prefeito admite que sem ajuda será difícil cumprir as promessas do programa de gestão, apresentadas ontem

Parceria com o governo estadual também foi citada; oposição critica criação de metas sem verbas definidas

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), reconheceu ontem, ao apresentar suas metas de gestão aos vereadores, que sem ajuda dos governos federal e estadual será difícil cumprir o plano.

Segundo estimativa do prefeito, são necessários R$ 23 bilhões para cumprir as cem promessas do programa de metas -entre elas a construção de três hospitais e 150 km de corredores de ônibus.

Atualmente a prefeitura não tem toda a verba, e os recursos que faltam devem vir principalmente de ações que dependem do governo federal.

Ontem, Haddad citou três delas: a renegociação da dívida municipal com a União, o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e novas linhas de crédito subsidiado que podem ser abertas com a renegociação da dívida.

"Se não fosse isso, esse plano não poderia ser apresentado", afirmou.

No caso do governo do Estado, ele disse que parcerias também estão em curso. "A maior delas em torno da Casa Paulista, a PPP [parceria público-privada] para a construção de 20 das 55 mil moradias previstas", afirmou.

O prefeito não informou o valor total que será levantado, mas citou que somente na área de habitação do PAC poderá conseguir R$ 4 bilhões.

Além disso, a renegociação da dívida poderá liberar cerca de R$ 4,6 bilhões para investimentos -20% do plano.

A renegociação depende de aprovação no Congresso. Segundo Haddad, o cronograma da Câmara e do Senado prevê a votação até junho.

Questionado sobre a dependência de ajuda federal, o prefeito disse que só quer equiparar os investimentos do governo por habitante em São Paulo ao de outras capitais.

"A ambição do nosso plano, que na opinião de especialistas é difícil cumprir, é elevar o patamar de investimentos para algo compatível com a força de São Paulo."

OPOSIÇÃO

A oposição ao prefeito na Câmara criticou a criação de metas sem verbas definidas.

"É o famoso vender terreno na lua. Promete-se uma coisa sem ter dinheiro para cumprir", disse Floriano Pesaro, líder do PSDB.

Gilberto Natalini (PV) chamou o plano de "sonhático".

A bancada do PSDB disse que montará um "shadow cabinet", espécie de secretariado paralelo, para acompanhar a execução das metas.

O modelo é inspirado na tradição britânica.


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