Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

Padres afirmam que tradição do atraso tem que acabar

CHICO FELITTI DE SÃO PAULO

Lê-se no Novo Manual Matrimonial", que a professora de etiqueta Susanne Amandi escreveu em 1961: "A tradição pede: convidados, família e noivo devem estar na igreja há uma hora, antes que a noiva chegue".

Parece que as páginas do (nem tão novo) manual de casamentos amarelaram com o passar do tempo.

Celebrantes estão em pé de guerra com a tradição do atraso, que ainda é amplamente vista como aceitável.

Párocos interioranos baniram cerimônias noturnas. Não se ouve falar de situação parecida em São Paulo -pelo contrário, elas só crescem, se multiplicam e ajudam a sustentar as naves.

Ainda assim, há na capital paulistana um movimento para matar o hábito, que agora faz mal aos negócios.

Para acertar os ponteiros, padres (e alguns pastores, rabinos e xás) adotaram a lógica do psicoterapeuta: o "cliente" atrasou, perdeu parte da celebração, que fica estritamente dentro do horário combinado.

As duas empreitadas vêm para rasgar essa etiqueta, que resta de uma época em que casamento era mais rito religioso do que festa.

Idos em que templos não funcionavam no esquema "altar quente" de hoje: as igrejas mais procuradas realizam duas (às vezes três) uniões em uma só noite.

"É o dia mais importante da minha vida" é frase tão comum em boca de noiva quanto "Sim, eu aceito".

O problema é convencer um casal de que dois eventos mais especiais de uma vida ocupam o mesmo lugar no espaço, com apenas segundos de distância entre uma cerimônia e outra. Uma tarefa para quem tem a fé (e a paciência) de um padre.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página