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Mortes caem nos principais feriados após nova lei seca

Vítimas em Ano-Novo, Carnaval e Páscoa diminuíram 13% no país e 37% em SP

Tendência repetida na Semana Santa é atribuída ao maior rigor da lei sobre consumo de álcool por motoristas

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

Após a lei seca ter ficado mais rígida, em dezembro, as mortes nas rodovias federais do Brasil caíram 13% nos principais feriados nacionais. Nas estaduais de São Paulo, a queda chegou a 37%.

O levantamento da Folha considera os dados de Ano-Novo, Carnaval e Páscoa.

Nas rodovias federais, a soma das mortes nos três feriados caiu de 445 para 388 em relação ao mesmo período de 2012. Nas estaduais paulistas, a redução foi de 114 para 72.

A tendência de diminuição ocorre tanto no número de vítimas como no de acidentes. Ela se repetiu a cada feriado individualmente e confirmada na Semana Santa, quando houve 10% menos mortes nas federais do país e 48% menos nas estaduais de SP.

Governo e especialistas dizem que a principal explicação para os resultados em sequência é a lei seca mais rígida e a fiscalização mais dura.

Ela elevou a multa de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 -valor que pode dobrar na reincidência. Também tornou válidos novos meios além do bafômetro para identificar um condutor alcoolizado, como testes clínicos, testemunhos e depoimento do policial.

Em 2008, quando a lei seca teve uma primeira versão mais rígida, também houve resultados positivos iniciais.

Em pouco tempo, no entanto, a quantidade de vítimas voltou a subir em parte do país -fenômeno atribuído ao relaxamento da fiscalização e dos motoristas.

MENOR NÚMERO

As mortes nas rodovias estaduais de São Paulo totalizaram 22 na Páscoa (ante 42 no ano passado), menor número dos últimos cinco anos.

Nas federais do Brasil inteiro, 108 pessoas morreram -menor quantidade para a Páscoa desde 2009. No ano passado, foram 120 mortes.

Mesmo assim, a quantidade de motoristas flagrados bêbados é pequena em relação ao total de condutores abordados pela polícia.

Nas estradas federais, de 40.531 testes, 332 pessoas foram presas, menos de 1%.

Nas estradas estaduais paulistas, 94 condutores foram detidos na Semana Santa -crescimento de 262% em relação ao ano passado.

O risco é maior, em SP, nos trechos das rodovias federais na região metropolitana -de 959 mortes nos últimos três anos, mais de um terço foi a menos de 40 km da capital.

O acidente que mais causa mortes é a colisão frontal. Na Páscoa, em Minas Gerais, 76% das mortes tiveram essas características, de acordo com a Polícia Rodoviária.

A batida de frente é quase sempre resultado de ultrapassagens proibidas.


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