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Quadrilha pagava ingresso para furtar celulares no Lollapalooza

Ao menos 16 pessoas são suspeitas de levar smartphones nos três dias de festival de música

Jovem estocava objetos roubados em meia-calça; vítimas fizeram fila ontem para achar aparelhos em delegacia

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Com ingressos de cerca de R$ 300 nas mãos, o grupo de parceiros entrou no espaço do Jockey Club de SP, no Morumbi (zona oeste), onde tocaram bandas consagradas, como Pearl Jam, no festival de música Lollapalooza.

Mas eles não estavam ali para ouvir hits musicais, e sim para furtar e roubar smartphones quando as bandas começavam a tocar.

A Deatur (Delegacia de Apoio ao Turista) diz ter identificado algumas quadrilhas que agiram nos três dias do evento, entre sexta-feira passada e anteontem.

Até ontem, 15 pessoas foram detidas e responderão por formação de quadrilha. Uma adolescente foi apreendida. A polícia disse que os bandidos são de São Paulo, Rio, Bahia, Peru e Colômbia.

Juntos, eles furtaram pelo menos 80 celulares, estima a polícia. Parte deles foi devolvida aos donos, que fizeram uma fila para identificar smartphones ontem.

A estratégia era simples: enquanto um comparsa distraía a vítima com um empurrão, o ladrão enfiava a mão na bolsa, blusa ou calça da vítima e retirava o aparelho, que era repassado para outro criminoso, que sumia.

Numa das quadrilhas que agiram no festival, a polícia diz ter descoberto um esquema de identificação de autores dos furtos para facilitar a recompensa pelos crimes.

ETIQUETA

Após roubarem os aparelhos, eles colocavam etiquetas com os nomes ou apelidos dos ladrões. Ao final, o criminoso recebia o dinheiro equivalente aos produtos levados.

Uma adolescente recebia boa parte dos telefones celulares e estocava numa meia-calça, por baixo do jeans.

O delegado do Deatur, Osvaldo Nico Gonçalves, diz que os criminosos compraram os ingressos para entrar e cometer o crime. "Eles repassam um iPhone ou Galaxy a R$ 500. Um aparelho roubado já cobre o gasto com o ingresso", disse. Esses aparelhos são revendidos nas chamadas "feiras do rolo", em geral no centro de São Paulo.

Na entrada do festival, o público passava por uma revista rápida. Não havia detectores de metais, e os seguranças tateavam rapidamente o corpo das pessoas. As mochilas eram conferidas.

Documentos de meia-entrada não eram checados. Na plateia, apesar do espaço amplo, frequentadores se apertavam nas filas dos bares e dos banheiros e diante dos palcos, local em que o empurra-empurra pode ter facilitado a ação dos ladrões.

Os aparelhos podem ser recuperados na sede da Deatur (r. da Cantareira, 390).


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