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Uso de convênios pode gerar conflito, dizem especialistas

DE SÃO PAULO

A medida proposta pela gestão Haddad (PT) de usar entidades privadas para contratar médicos em unidades de saúde com deficit de profissionais pode criar situação de trabalho complicada com os que já ocupam cargos por meio de concurso público.

A opinião é de Florisval Meinão, diretor da APM (Associação Paulista de Medicina). "Na mesma unidade, vão existir médicos com salários diferentes, cobranças diferentes, alguns com estabilidade no emprego; outros, não. Pode haver conflitos entre os profissionais", afirma.

Para Mario Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da USP, a liberdade de contratação que a prefeitura deu às OSs (Organizações Sociais) criou uma "confusão de arranjos trabalhistas" na rede. "Cada uma tem uma política de salários, de carga horária de forma de contratação", diz.

Isso, afirma Scheffer, gera uma competição não apenas entre a administração direta e as entidades, mas entre as próprias organizações.

Em relação a salários, a diferença é grande. Enquanto no hospital São Luiz Gonzaga, gerido pela Santa Casa, um pediatra contratado para jornada de 100 horas por mês recebe R$ 5.503, o mesmo profissional, para trabalhar a mesma quantidade de horas, pode receber R$ 7.208 para atuar numa unidade de saúde do Jaçanã, zona norte.

A Santa Marcelina paga para médico generalista R$ 10.621 (por 180 horas por mês) no Itaim paulista, zona leste. A SPDM paga R$ 14.357 para o mesmo especialista (jornada de 40 horas ao mês) na Vila Maria, zona norte.

O salário-base de um médico da rede pública municipal é de R$ 2.500 para jornada de 20 horas semanais.


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