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Oito denunciados à Justiça pelo incêndio na boate Kiss viram réus

Acusados de homicídio doloso devem ir a júri popular; 241 morreram

DE PORTO ALEGRE

A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou ontem integralmente a denúncia contra os oito acusados pela Promotoria em razão do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria. Morreram 241 pessoas na tragédia, que ocorreu em 27 de janeiro. Os oito denunciados se tornam réus no processo.

Quatro suspeitos estão presos e responderão por homicídio doloso (que assume o risco de matar) qualificado e tentativas de homicídio.

São eles: os sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor do grupo, Luciano Bonilha Leão.

A Promotoria considerou que os quatro sabiam dos riscos que impunham aos clientes da boate. Eles devem ir a júri popular em Santa Maria.

Além dos quatro presos, também se tornaram réus dois bombeiros acusados de adulterar documentos após o incêndio -o major Gerson da Rosa Pereira e o sargento Renan Berleze- e outras duas pessoas acusadas de mentir à polícia durante a investigação: o ex-sócio Elton Uroda e o contador Volmir Panzer.

OUTRO LADO

O advogado Mário Cipriani, que defende o réu Mauro Hoffmann, tentará reclassificar a acusação para homicídio culposo (sem intenção) e retirar agravantes. Para ele, é "insustentável" acusar o seu cliente de morte por meio cruel ou motivo torpe.

A defesa do produtor Luciano Leão pedirá a revogação da prisão preventiva.

A defesa do vocalista Marcelo de Jesus dos Santos argumenta que ele não comprou nem instalou o sinalizador usado pela banda -que teria iniciado o incêndio.

Após a denúncia, o advogado Jader Marques, que defende Elissandro Spohr, havia dito que agentes públicos também deveriam responder pelos mesmos crimes.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos outros réus ontem.


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