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Fiscal de SP é preso acusado de cobrar propina de R$ 12 mil

Geógrafo é o quarto servidor municipal preso em flagrante por suspeita de corrupção desde o dia 15

Negociação foi gravada por empresário; dinheiro rastreado antes foi apreendido ontem com funcionário

DE SÃO PAULO

Um funcionário da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente foi preso em flagrante ontem pela manhã acusado de receber R$ 8.000 como pagamento de propina para que uma fiscalização não fosse realizada.

O geógrafo Renato José Paes é o quarto servidor municipal preso em flagrante por suspeita de corrupção em cerca de 20 dias em três operações conjuntas da recém-criada Corregedoria-Geral do Município e da Polícia Civil.

A Folha não localizou o advogado do geógrafo.

Nos três casos anteriores, os empresários que estariam sendo extorquidos denunciaram os casos à prefeitura.

Na operação de ontem, o servidor preso alegava que havia aparentes irregularidades no armazenamento de resíduos industriais da empresa e que a multa seria de R$ 90 mil a R$ 120 mil.

Para não multar, ele teria pedido R$ 30 mil de propina, segundo o empresário disse à CGM e à polícia. Em um novo encontro na sede da empresa, desta vez gravado, ele reduz o valor para R$ 12 mil em duas parcelas. A primeira, paga ontem, de R$ 8 mil.

A polícia identificou as notas que seriam entregues. O servidor foi até a sede da empresa e recebeu o envelope com o dinheiro. A ação foi filmada. Na saída, ele foi preso em flagrante e responderá a processo por concussão (extorsão praticada por funcionário público). Paes também responderá a processo disciplinar na prefeitura.

O servidor era concursado e assumiu o cargo em junho de 2010. Ele tinha salário bruto de R$ 4.616,94.

Em janeiro, já na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), Paes assumiu interinamente a direção da divisão em que trabalha, na zona norte, durante as férias do titular do cargo. Ele já havia assumido a função antes.

Em 19 de março, o engenheiro Eduardo Tadayoshi Kawai, foi preso em flagrante acusado de receber R$ 4.000 de propina do dono de um imóvel da zona norte.

No dia 15, Sheila Maria Rodrigues Adell Caramico, e Nicola Caramico, ambos fiscais da Subprefeitura de Santo Amaro, foram detidos sob a acusação de receberem R$ 40 mil do responsável pela obra de um hospital.

A pena para o crime de concussão é de dois a oito anos de prisão.


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