Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'Pacotão' da Câmara vai de rodízio a sinuca

Projetos, que ainda dependem da sanção de Fernando Haddad, foram aprovados por vereadores de São Paulo

Instalação de uma espécie de alarme em maternidades para evitar sequestros de bebês foi proposta

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

A multa para quem fura o rodízio de veículos vai acabar. O jogo de sinuca só será permitido com tacos padronizados e sem apostas. A vela de aniversário será proibida em boates paulistanas. Tudo se depender dos vereadores de São Paulo.

Esses e outros 90 projetos de vereadores foram aprovados em bloco pela Câmara nas duas últimas semanas, a maioria em primeira votação.

Mas muitos deles podem não passar de planos, já que devem ser vetados pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

Segundo o líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT), o primeiro a ser barrado deve ser o do vereador Mário Covas Neto (PSDB), que prevê só uma notificação para motoristas que desrespeitarem o rodízio de veículos na cidade. A multa só seria aplicada a reincidentes.

"Não há compromisso nenhum do prefeito em aprovar esses projetos", disse.

A votação em massa faz parte de um acordo da mesa diretora do Legislativo para votar ao menos um projeto de cada parlamentar. Mas o que se viu foi a aprovação de até cinco de um único vereador.

Só anteontem, entre as 20h e 22h, foram aprovados 54 em votação simbólica. Nesse tipo de votação, o projeto é lido e discutido apenas se algum vereador se posiciona contra, o que não acontece.

Esse tipo de votação é comum e não é de hoje. Não menos praxe é o veto dos prefeitos às propostas aprovadas.

Quando o prefeito rejeita, o projeto volta à Câmara para que o veto seja votado pelos parlamentares.

Nesse vaivém, vetos a projetos de parlamentares mofam em gavetas ao longo dos anos. Há 312 vetos desde a gestão de Paulo Maluf (1993-1996) à espera de votação.

MULTA E ALARME

O vereador Covas Neto acredita que sua ideia será sancionada por Haddad.

"O motorista é penalizado por uma situação que lhe foge ao controle, como um engarrafamento. Isso pode impedi-lo de chegar ao seu destino antes do começo do rodízio", disse o tucano.

O líder do governo contesta. "Deve ser vetado. Quem comete infração no trânsito tem que ser punido, não anistiado", disse Tatto. Por outro lado, o petista defende seu próprio projeto, aprovado em segunda discussão.

O plano prevê uma espécie de alarme nas portas de quartos de maternidades para evitar sequestros de bebês.

"É para impedir que pessoas, por exemplo, se passem por enfermeiros e sequestrem crianças, como já aconteceu em São Paulo", disse.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página