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Família é retirada de área próxima ao Jardim Botânico

Remoção de morador foi a primeira feita na área federal; situação das outras casas deve ser definida até julho

FABIO BRISOLLA DO RIO

Uma antiga disputa territorial em área nobre da zona sul carioca ganhou ontem mais um capítulo com a remoção de uma família que residia nos arredores do Jardim Botânico, no bairro do Horto, em área do governo federal.

Moradores da região montaram barricadas, com tapumes e pedaços de madeira, para impedir o acesso até a casa de Delton Luiz dos Santos, 71, filho de um ex-funcionário do Jardim Botânico. No terreno, moravam 14 pessoas da família dele.

A discussão em torno da posse de imóveis envolve 622 casas localizadas em terreno da União. Delton foi o primeiro morador a ser obrigado a sair, mas ainda existe a possibilidade de retorno.

Para regularizar as áreas federais ocupadas por residências, o Tribunal de Contas da União determinou a criação de comissão formada por representantes do Jardim Botânico, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Planejamento e Iphan (órgão federal de patrimônio).

Até o mês de julho, eles vão definir o destino das famílias residentes na região.

MUDANÇA

Na manhã de ontem, agentes federais, policiais militares e oficiais de Justiça chegaram à residência de Delton para cumprir a determinação judicial de desocupação.

Inicialmente, cogitava-se mandar a família para um abrigo, mas a alternativa provocou mais protestos.

Como solução, a Secretaria de Patrimônio da União ofereceu a mudança da família para três outras residências pertencentes ao governo federal: uma situada na Tijuca, zona norte da cidade, e outras duas no centro.

Até o último momento antes de deixar sua casa, Delton repetia: "Como posso ser considerado um invasor se eu nasci aqui?"


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