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Júri de 26 policiais do Massacre do Carandiru é adiado

Novo julgamento foi marcado para a próxima segunda, depois que jurada passou mal e precisou deixar a sessão

Juiz terá que sortear novos nomes para compor o júri; outros três julgamentos do caso estão previstos

DE SÃO PAULO

O julgamento de parte dos policiais militares acusados de homicídio no episódio conhecido como Massacre do Carandiru, que deixou 111 presos mortos em 1992, foi adiado pela segunda vez ontem.

Um novo júri teve que ser marcado para a próxima segunda-feira, 15 de abril, depois que uma jurada passou mal.

O julgamento, marcado inicialmente para janeiro, havia sido adiado pela primeira vez após recurso da Promotoria.

Na manhã de ontem, no fórum da Barra Funda (zona oeste), o júri foi interrompido menos de uma hora depois do seu início, quando a jurada pediu auxílio a um servidor do Judiciário e deixou a sala amparada. No atendimento médico, foi atestado que não teria condições de prosseguir, diz o juiz José Augusto Nardy Marzagão.

Sem os sete jurados obrigatórios, um julgamento não pode prosseguir por força de lei.

No próximo júri, nenhum dos sete jurados poderá ser aproveitado. O juiz terá que sortear novos nomes.

Sentaram no banco dos réus, ontem, 26 dos 79 PMs vivos denunciados pela Promotoria -dois não compareceram ontem por motivos de saúde. Outros cinco morreram nesses 20 anos.

Após esse júri, haverá outros três, não marcados. O julgamento do Carandiru foi dividido em quatro partes, conforme os andares do pavilhão 9. Esse primeiro grupo, maioria de PMs da Rota (grupo de elite), é acusado de matar 15 presos no primeiro andar.

Divididos em cinco fileiras, os 24 PMs pareciam confraternizar entre si. Conversavam e davam risadas, diante de um plenário composto por apenas oito pessoas -fora os jornalistas. Lugares reservados para parentes de vítimas ou réus não foram ocupados.

Os policiais foram dispostos no plenário de frente para a plateia, não ficando, assim, virados diretamente para os jurados, como nos julgamentos com menos réus.

Sem fardas e com roupas formais (camisas e calças sociais), eles aparentavam calma e confiança no resultado.

A advogada Ieda Ribeiro de Souza, que defende os PMs, disse que os réus estavam descontraídos porque sabiam o que tinham feito. "Eles estão assim porque estão tranquilos com relação aos fatos."

O ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho, convocado como testemunha, não compareceu.


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