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Análise

Prioridades da gestão petista vão definir as avaliações futuras

MAURO PAULINO DIRETOR GERAL DO DATAFOLHA ALESSANDRO JANONI DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA

A aprovação acima da média do petista Fernando Haddad nos simbólicos cem primeiros dias de governo, assim como ocorreu com sua colega de partido Marta Suplicy na década passada, assume aspecto positivo quando se focaliza não apenas a aprovação, mas também o extremo oposto -o patamar de reprovação.

Haddad é um dos menos rejeitados em início de mandato. A explicação não se limita à sua base eleitoral. Apesar da taxa de popularidade ser próxima à de preferência pelo PT na população, a aprovação a Haddad entre os que se dizem petistas não é majoritária.

A maioria dos entrevistados revela certo sentimento de esperança quanto ao cumprimento, mesmo que em parte, de algumas das promessas divulgadas recentemente em seu plano de metas.

A expectativa na maior parcela do eleitorado é a de que Fernando Haddad, inclusive, supere o desempenho de seus antecessores.

Mas nem tudo deve ser comemorado pelo prefeito. Metade dos paulistanos, por exemplo, acha que a atuação do petista esteve aquém do esperado para estes três primeiros meses de governo.

Ações -principalmente nas áreas da saúde, transporte público e infraestrutura, especialmente no combate às enchentes- são cobranças frequentes entre os que foram ouvidos pelo Datafolha.

Além disso, há um dado curioso na imagem do prefeito. Apesar de Haddad conseguir manter a aura de moderno, simpático e inteligente, conquistada ao longo da campanha, o petista passou a dividir a opinião da população em um ponto nevrálgico do imaginário paulistano.

De modo diferente do que aconteceu no processo eleitoral, deixou de ser majoritário o índice dos que acham que o petista respeita mais os pobres.

Numa cidade em que, apesar dos congestionamentos, apenas 18% costumam se deslocar para o trabalho com veículo particular, polêmicas como da inspeção veicular podem sinalizar que as prioridades da gestão estão voltadas para setores minoritários.

A urgência com que a prefeitura responderá às principais demandas da periferia determinará as futuras avaliações do prefeito.


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