Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Adherbal Guernelli de Oliveira Maia (1937-2013)

'Prazer, Adherbal do Samaritano'

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Adherbal Guernelli de Oliveira Maia se apresentava assim: "Muito prazer, meu nome é Adherbal Maia do Hospital Samaritano". Após 41 anos dedicados à mesma instituição, o hospital passou a fazer parte de sua identidade, como lembra a filha, Carla.

Nascido em Campinas, fez medicina no Rio. Neurocirurgião, passou pelos hospitais de Ipanema e Pro-Cardíaco, até comprar o Samaritano.

Todo dia acordava cedo, chegava por volta das 5h30 ao trabalho e tomava café da manhã com os médicos. Depois, fazia suas rondas acordando os pacientes. Envolvia-se tanto que muitas vezes voltava para casa chorando após alguma morte --e ainda se preocupava com o futuro da família de quem acabara de morrer.

Tempo para lazer nunca tinha. Seu prazer era pisar no Samaritano, como conta a família. Os filhos, quando precisavam conversar, marcavam com ele no trabalho.

Quando a filha Carla era pequena, levava-a em seu Fusca branco para o hospital e a apresentava como sua assistente. Não quis, porém, que os filhos fossem médicos. Dizia que a profissão era dura.

É descrito como dono de um temperamento forte e, ao mesmo tempo, muito amoroso.

Em 2011, o Samaritano foi vendido à Amil, mas Adherbal ainda permaneceu na direção por um tempo. Segundo a filha, não foi fácil para o pai ver tantas mudanças.

No domingo de Páscoa, foi internado após um infarto. Era um entra e sai de funcionários querendo vê-lo em seu quarto.

Morreu na quinta (4), aos 75, no Samaritano, em decorrência de outro infarto. Casado com Priscilla, psicanalista, teve dois filhos e um neto.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página