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De novo, SP tenta despoluir o rio Pinheiros

Após gastar mais de R$ 160 milhões com flotação, Estado busca nova tecnologia para limpar água e tirar o mau cheiro

Prazo para empresas entregarem propostas termina no dia 19; novo sistema deve entrar em operação em dois anos

DE SÃO PAULO

Após abandonar um projeto que durou dez anos e custou mais de R$ 160 milhões, o governo paulista tenta, de novo, escolher uma técnica para despoluir o rio Pinheiros.

Em 2011, o Estado desistiu da flotação, que buscava aglutinar a sujeira em grãos gigantes para então retirá-la do rio, mas não deu certo.

O prazo para entrega de propostas termina no dia 19. A chamada pública deixa claro que o governo admite que, sem tratar por completo a água do rio, não haverá a tão sonhada despoluição.

"Nem mesmo o término do projeto Tietê [que deve durar mais cinco anos] vai resolver tudo", afirma Stela Goldstein, ex-secretária estadual de Meio Ambiente e diretora da ONG Águas Claras.

Esse raciocínio é sustentado por vários pesquisadores. Como o projeto visa eliminar o esgoto que chega à bacia do Tietê --na qual o Pinheiros está--, mesmo que ele seja 100% eficaz, não será suficiente.

O Pinheiros, diz Stela, tem outras fontes de poluição.

"Existe a poluição difusa, como a borracha dos pneus no asfalto que vai para o rio quando chove, os metais pesados que estão no fundo e as áreas contaminadas do entorno, que poluem via lençol freático."

RIO PROBLEMÁTICO

Pelos cálculos dos especialistas, mesmo que o esgoto doméstico ou industrial não chegue mais ao Pinheiros, ainda vai faltar eliminar um terço da poluição do rio.

Há outro inusitado problema: como ele não é mais um rio natural, a falta de esgoto pode fazê-lo quase desaparecer. Será preciso aumentar a permeabilidade de sua bacia, para que ele volte a ter água.

Após receber as propostas, o governo deve realizar testes. Se o cronograma não parar novamente, a implantação só deve ocorrer em uns dois anos, calculam os técnicos.

A certeza é que qualquer tecnologia jamais vai deixar o Pinheiros apto ao mergulho ou à sobrevivência de peixes. Mas, se tudo der certo, será possível passear pelas margens sem sentir o famoso mau cheiro ou até fazer passeios de barco.


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