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Prefeito de Manaus reduz secretarias e corta cargos

KÁTIA BRASIL DE MANAUS

De volta à Prefeitura de Manaus após 20 anos, Arthur Virgílio (PSDB) obteve "superpoderes" do Legislativo para mudar a estrutura da gestão, mas não conseguiu vencer o principal adversário: a falta de dinheiro.

Nos cem primeiros dias de governo, o tucano comprou brigas com empresários de ônibus e até com a concessionária de água, mas teve que ceder à realidade do déficit de R$ 350 milhões em caixa.

Chegou a afirmar, em janeiro, que "não havia previsão" de aumento na tarifa de ônibus, para dois meses depois ceder ao reajuste de 9% --R$ 2,75 para R$ 3--que lhe rendeu os primeiros protestos de estudantes.

O prefeito diz que o reajuste foi inevitável porque a tarifa estava congelada havia 17 meses. Afirma que o aumento foi menor do que a inflação do período (9% contra 12%) e minimiza protestos.

"A farinha [de mandioca] acabou de aumentar mais de 70%, e ninguém reclamou."

O inimigo da vez é a Manaus Ambiental, empresa que gerencia o paradoxo da cidade, encravada em um paraíso das águas, mas com problemas crônicos de abastecimento e apenas 30% das casas com rede de esgoto.

O fim do vínculo, contudo, é realidade distante --a multa é milionária e o contrato tem foro no Canadá.

O prefeito diplomata (que não informou se ainda recebe pelo Itamaraty) vem buscando "se virar nos 30": cortou cargos comissionados em 30%, reduziu as secretarias de 32 para 18 e até extinguiu o salário da primeira-dama (R$ 14 mil), secretária de Assistência Social.

Virgílio procura compensar o aperto financeiro com presença midiática. Vestiu-se de gari em ação de limpeza e visitou afetados pela quebra de adutora que produziu uma cachoeira em pleno bairro.

Tem buscado atribuir as dificuldades da cidade, sede da Copa-2014, a uma certa herança maldita. "Essa cidade que herdei é esburacada, complicada, onde parece que aconteceu uma guerra."


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