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Foco

Após 'passear' por ciclovia, jacaré Jack será deportado

(ESTELITA HASS CARAZZAI) DE CURITIBA

Uma lenda viva de Curitiba vai mudar de endereço. Até o mês que vem, um jacaré-do-pantanal que vivia em um dos principais parques urbanos da capital paranaense viajará cerca de mil quilômetros até Campo Grande (MS).

Apelidado de Jack, o bicho de 1,70 m e 120 kg passará a viver em um centro de reabilitação de animais. A transferência ocorrerá depois que ele apareceu andando em uma ciclovia do parque Barigui, em outubro último.

Desde então, ele está em um zoológico de Curitiba. Por não ser de uma espécie nativa da região Sul, é melhor que fique no Centro-Oeste.

A viagem será de caminhão. "É até melhor que avião, porque não tem ar condicionado e jacaré não é muito amigo de frio", diz o biólogo Elson Borges, coordenador do futuro lar do animal, mantido pelo governo de MS.

A transferência, ainda sem data, será custeada pela Prefeitura de Curitiba. No futuro, ele pode ser solto em uma fazenda no Pantanal.

Não se sabe a idade de Jack. Especula-se que ele esteja no parque desde meados dos anos 2000, após ser solto por alguém que o tenha comprado irregularmente.

VIRA-LATA

É a mesma explicação para o primeiro jacaré do Barigui, que morou ali por mais de 20 anos e também está hoje no zoológico de Curitiba.

O Jacaré 1º virou folclore popular do tipo "monstro do lago Ness" e ganhou até uma estátua na beira do lago.

Em 2007, o bicho atacou um cachorro vira-lata em pleno feriado de Carnaval, em um episódio controverso.

Enquanto parte da população promoveu uma "cruzada" contra o jacaré, houve quem o defendesse.

"O que eu sei é que alguém ficou provocando. Ele se sentiu ameaçado, e na água ninguém pode com ele", diz a bióloga Tereza Margarido, que cuida dos dois animais no zoo.

CAPTURA

Levou mais de um ano para que o jacaré fosse capturado por funcionários da prefeitura, depois de tentativas de atraí-lo para uma armadilha com carne de frango.

Jack, também chamado de Jacaré 2º, foi pego de uma forma mais "detetivesca", numa sondagem que incluiu verificar seus hábitos e os lugares onde dormia.

Ainda existe um terceiro jacaré no lago do parque. Por ora, não há planos de capturá-lo. A lenda permanece.


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