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Análise

Sem bom transporte público, sobe o custo do uso do carro

SERGIO EJZENBERG ESPECIAL PARA A FOLHA

Está cada vez mais caro e difícil estacionar nas áreas mais valorizadas de São Paulo. O preço segue a lei da oferta e da procura, associada ao valor dos terrenos. A tendência é piorar gradativamente.

Como nos últimos anos a prefeitura adotou uma política de severa restrição de estacionamento nas vias públicas, o custo explodiu.

Para atrair os usuários de carros, essas restrições deveriam ser acompanhadas pela melhoria do transporte público, mas isso não aconteceu.

Sem alternativa, aumentou o custo do uso do automóvel na cidade, que é utilizado diariamente por grande parte da população para trabalhar ou estudar, motivo de 80% das viagens feitas em São Paulo.

Nesse contexto, os edifícios comerciais da cidade passaram a ser construídos com vários andares subterrâneos de garagem, oferecendo vagas excedentes como estacionamento pago.

São Paulo tem menos de 7 km de metrô por milhão de habitantes, enquanto Nova York tem mais de 40 km de metrô por milhão de habitantes.

Não é por acaso que lá o arranha-céu que substituirá as Torres Gêmeas terá garagem para apenas 200 vagas, enquanto que por aqui qualquer edifício comercial de médio porte precisa do dobro dessa quantidade de vagas.

Somos dependentes dos automóveis, pois nossos impostos não são aplicados em transporte de alta capacidade. O problema do estacionamento na cidade é o resultado dessa falta de transporte.


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