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José Octaviano Inglez de Souza (1957-2013)

Zeca, advogado e homem do mar

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

A bordo do veleiro Thalassa (mar, em grego), com um adesivo da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) grudado no casco, José Octaviano Inglez de Souza, o Zeca, foi sozinho de Parati (RJ) a Salvador, na Bahia.

A travessia, de cerca de dois meses de duração, deu origem a um blog, no qual o advogado, que se sentia naquele 2005 como se tivesse ganhado uma vida nova, narrava suas aventuras de velejador solitário.

Um ano antes, tinha descoberto uma leucemia e passara por um transplante de medula. Bastou se recuperar um pouco para fazer a viagem.

Paulistano, neto e filho de advogados, Zeca fez letras por um tempo, mas não concluiu. Depois, formou-se em história na USP, em 1982. Chegou a começar uma pós na PUC, mas também não terminou.

Ensinou inglês no Anglo e deu aulas na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo até que foi fazer direito, na USP. Graduou-se em 1991. Quando estudante, candidatou-se à presidência do Centro Acadêmico 11 de Agosto, mas perdeu para Fernando Haddad, hoje prefeito de São Paulo. Brincava que o adversário só venceu por ser mais bonito.

Ultimamente, mantinha um escritório com uma sócia.

Mas sua paixão era mesmo velejar e ainda pretendia ir viver dentro de um barco, plano antigo adiado por causa dos filhos, como conta a mulher, Lygia, que o conheceu na faculdade de história. No ano passado, trocara o veleiro por outro, batizado de Tia Maria.

Planejava velejar, no ano que vem, até Fernando de Noronha. Morreu no último dia 10, aos 55 anos, devido a uma pneumonia. Deixa quatro filhos, de dois relacionamentos.


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