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Foco

Aula de informática ajuda idosos a desvendar segredos das redes sociais

DO RIO

O folheto traz um bonequinho sentado, em posição de pensador, com uma nuvem de dúvidas sobre sua cabeça: "Facebook? Link? YouTube? Word? Arquivo? Excel?"

Anuncia os serviços de José Garcia Neto, 68. Economista aposentado, há dois anos ele complementa sua renda dando aulas de informática para idosos. A maior demanda, diz, é por desvendar os segredos das redes sociais.

"Eles querem se comunicar com filhos e netos. Mas a verdade é que muitos acham o Facebook invasivo. Não estão acostumados com esse Big Brother em suas vidas."

Andréa Monica da Silva, 39, conta história parecida. Há 15 anos ela dá aulas de informática, mas agora nota uma procura maior da terceira idade. Um dos motivos, diz, é falta de paciência de familiares para explicar o bê-á-bá dos programas e sites. "As necessidades dessa faixa etária mudaram. Eles querem participar da vida social da família, interagir."

Escolas especializadas também notaram aumento da procura de idosos. E a relacionam com o boom das redes sociais.

Ana Gonçalves, gerente de uma escola em Copacabana, conta que já teve uma aluna de 92 anos e que muita gente chega por indicação médica.

"Geriatras recomendam as aulas como forma de elevar a autoestima e até como exercício para melhorar a memória."

Antonio José Pereira Vianna, 79, é um exemplo. "Meu filho é um rapaz de 29 anos e tecla muito rápido. Eu mal conseguia acompanhar as explicações dele", diz o aposentado, que teve aulas com Andrea.

"Já aprendi vários truques e macetes. Também converso com amigos e familiares em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte pelo Skype... Me sinto melhor, mais atualizado, né?"


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