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Unesp fixa meta para que metade dos calouros seja de escola pública

Presente em proposta do governo e de reitores, meta foi aprovada pelo Conselho Universitário

Percentual deve ser atingido em todos os cursos; em medicina, por exemplo, essa proporção é hoje de 2%

DE SÃO PAULO

O Conselho Universitário da Unesp aprovou anteontem a meta de ter 50% de alunos de escolas públicas entre os seus ingressantes, até 2016. Deles, 35% deverão ser pretos, pardos e indígenas.

A ideia é que os percentuais sejam alcançados em todos os cursos, mas não haverá sanção caso os objetivos não sejam atingidos. Também não está definido como se tentará chegar às metas.

A participação da rede pública hoje na universidade já é de 40%, mas há grande variação entre as áreas. Em medicina, por exemplo, é de 2%.

O objetivo foi apresentado em dezembro pelos reitores de USP, Unesp e Unicamp e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas precisa ser aprovado pelos Conselhos Universitários das instituições. Na USP e na Unicamp, as discussões seguem.

Apesar de aprovar as metas sugeridas, o conselho da Unesp decidiu postergar a aprovação do curso intermediário, presente na proposta.

Informalmente chamado de "college" (por ser inspirado em modelo americano), o curso prevê atividades semipresenciais, com duração de dois anos, aos melhores alunos das escolas públicas.

Ao final do período, os que fossem aprovados entrariam nas universidades sem a necessidade do vestibular e já teriam diploma superior.

O curso seria uma das possibilidades para se atingir as metas propostas. A Unesp decidiu solicitar mais informações sobre o "college".

Segundo a Folha apurou, o modelo aprovado na Unesp (apreciação das metas e adiamento do "college") poderá ser também colocado em votação na USP e Unicamp.

Segundo um dos idealizadores do programa, a resistência que o "college" enfrenta nas universidades pode barrar as próprias metas. Na USP, a proposta tem sofrido críticas diversas. A FFLCH (área de humanas) entende que ela é tímida e que há espaço para adoção de cotas.

A direção da Faculdade de Medicina defende que o programa, ao buscar mudar rapidamente o perfil dos ingressantes, pode prejudicar a qualidade dos cursos.

Com o "fatiamento" da votação, pode-se aprovar ao menos as metas, e as universidades definiram as estratégias.

Nesta semana, a USP sinalizou que deve aumentar o bônus concedido no vestibular a alunos de escolas públicas.

O governo já trabalha com a possibilidade de fazer o "college" desvinculado de vagas das universidades.


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