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Homicídios e roubos aumentam no bairro

Distritos policiais que atendem o Morumbi registraram 14 assassinatos no primeiro trimestre, contra 4 em 2012

Empresária teve o escritório furtado sete vezes em um ano; PM diz que faz operações constantes na região

DE SÃO PAULO

"Não é uma reclamação infundada. As pessoas aqui se sentem, sim, inseguras", diz Júlia Titz Rezende, presidente do Conseg Morumbi.

Os dois distritos policiais que atendem à região, o 34º e o 89º, registraram um aumento no número de homicídios e roubos nos três primeiros meses deste ano, em relação a igual período de 2012. Os homicídios subiram de 4 para 14 (alta de 250%), enquanto os roubos passaram de 621 para 707 (13,8%).

O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), disse, no último dia 19, que o Estado vive uma "epidemia de insegurança". Isso após a filha dele ser alvo de um ataque ao tentar escapar de um assalto no Morumbi.

Os DPs informam que constantemente realizam operações nas regiões mais sensíveis do bairro, com "o objetivo de identificar possíveis autores de crimes". Segundo a PM, nesses primeiros meses, foram presas 33 pessoas, recolhidas 6 armas e recuperados 60 veículos roubados/furtados no Morumbi e no entorno. Mais de 20 quilos de drogas foram apreendidos.

Quando começou a ganhar contornos de bairro, em meados do século 20, o Morumbi era "vendido" como um refúgio de terrenos gigantes com ampla área verde preservada na zona oeste paulistana.

Pena que aquele oásis cravado no outro lado do rio Pinheiros durou pouco. Hoje, a região convive com paulistanos de alta renda ao lado de três grandes favelas: Paraisópolis, Jardim Colombo e Real Parque, que, juntas, aglomeram uma população com mais de 85 mil moradores.

"Aqui é um recorte do Brasil. O contraste social é enorme", diz a empresária Denise Gonçalves, 42, que teve seu escritório furtado sete vezes num período de um ano --mesmo com a empresa sendo monitorada 24 horas por dia.

"De um lado, você encontra mansões quatrocentonas, o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado. Do outro lado, se depara com ruas sem esgoto", diz Denise.

A topografia acidentada facilita o crime, conta a empresária. Em diferentes pontos, o mato alto confere "esconderijo" aos bandidos. Ruas sem luz ou mal iluminadas completam o cenário.

Dois fatores chamam a atenção: quase ninguém circula a pé pelo bairro e o movimento à noite é raro.


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