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Alckmin nega seguir 'comoção social' com projeto sobre jovens

Governador critica 'insensibilidade' e volta a defender mudança em lei para endurecer punição de adolescentes

Declaração ocorre um dia após apreensão de rapaz de 17 anos; ministro criticou ideias no 'calor do momento'

DE SÃO PAULO DO "AGORA"

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse ontem que sua proposta de aumentar a punição a jovens envolvidos em crimes não se deve a "comoção social".

A declaração do governador ocorreu um dia após a polícia apontar a participação de um rapaz de 17 anos na morte da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 46, queimada viva em um assalto em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A polícia deteve anteontem três suspeitos pela morte dela.

Um rapaz de 17 anos foi apreendido e, diz a polícia, admitiu ter ateado fogo porque ela só tinha R$ 30 na conta.

Ontem, Alckmin voltou a falar sobre a participação do jovem no crime e a defender mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

"Tenho visto especialistas dizendo que não se deve mudar a lei sob forte emoção, sob comoção social. Não é isso. Essa mudança já é pleiteada há mais de dez anos", disse.

Alckmin afirmou que, ao mesmo tempo, "não pode haver uma insensibilidade frente ao que está acontecendo".

No último dia 16, ele entregou ao Congresso um projeto para elevar de três para até oito anos a punição a jovens que cometem delitos graves.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já declarou que a proposta de Alckmin precisaria ser analisada com "cautela" e pediu "cuidado" com "o calor do momento".

O tucano formalizou propostas para endurecer a punição de jovens após a morte de Victor Hugo Deppman, 19, baleado num assalto sem que tivesse reagido. O suspeito do crime foi apreendido um dia antes de completar 18 anos.

Anteontem, dois dos suspeitos pela morte de Cinthya no ABC foram reconhecidos por outra dentista, de 25 anos. A clínica onde ela trabalha, na zona sul, havia sido invadida em 12 de abril.

Victor Silva, 24, foi reconhecido pessoalmente. O outro, Thiago Pereira, 25, por foto --ele está foragido.


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