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Odorino Breda Filho (1929-2013)

Um cientista que fazia medicina

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Odorino Breda Filho era um ano mais velho que o irmão, José. Mesmo assim, entraram juntos em medicina: Odorino, em primeiro, José, em segundo, como conta o filho, Odorino Neto, advogado.

Os irmãos se formaram em 1959 na USP, tornaram-se ambos ginecologistas, montaram um consultório juntos e até moraram lado a lado, apenas separados por um muro.

Embora muito ligados, cada um dos irmãos, filhos de um químico farmacêutico e de uma professora, seguiu trajetória própria. Odorino casou-se com Vera, que fora sua secretária. Fariam 50 anos de casados em agosto. Trabalhou, entre outros, no Hospital das Clínicas, na maternidade do Brás e no hospital São José.

Com o tempo, passou a atuar também como clínico geral --a exemplo do irmão.

"Muitos diziam que era um cientista que fazia medicina", conta o filho, sobre o costume do pai de estar sempre estudando. Quando a filha, Maria, entrou em medicina, pediu para que comprasse todos os livros da faculdade, para que ele estudasse de novo.

Escreveu dois livros: um estudo sobre "Dom Quixote" relacionado às doenças da época em que a obra foi escrita, e um de memórias. Mas não editou nenhum dos dois.

Em 2007, ganhou a "Enciclopédia Britânica" e voltou a relê-la para compará-la com a versão que tivera, de 1967.

Trabalhou até um ano e meio atrás. O irmão morreu no ano passado, e Odorino, na sexta, aos 84, após um infarto. Teve dois filhos e duas netas.

Haverá uma missa hoje, às 19h30, na paróquia São Paulo Apóstolo do Belém e outra no sábado, às 7h, na paróquia Nossa Senhora do Bom Parto.


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