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Lojas ameaçadas de despejo no Rio podem ser desapropriadas
Medida estudada pela prefeitura objetiva preservar identidade da rua do Carioca
A prefeitura do Rio cogita desapropriar imóveis da rua da Carioca, no centro, para impedir o fechamento de tradicionais endereços comerciais da área que estão sob ameaça de despejo.
Por meio de um decreto, o prefeito Eduardo Paes vai encomendar um estudo ao Instituto Rio Patrimônio da Humanidade para determinar quais são os locais que devem ser preservados.
A análise abrange as 18 lojas adquiridas pelo grupo Opportunity, que estabeleceu novos valores para os aluguéis. O aumento provocou protestos dos proprietários de casas tradicionais como o Bar Luiz, inaugurado há 86 anos.
Ontem à tarde, representantes da Sarca (Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências) tiveram um encontro com o prefeito para falar sobre o impasse nas negociações de aluguel.
"A desapropriação pode ser o caminho para impedir ações de despejo e manter assim a identidade da rua da Carioca", avaliou Roberto Cury, presidente da Sarca.
Em nota, a assessoria do governo municipal informou que a ideia do prefeito é "manter os costumes e o estilo carioca presentes na essência comercial e cultural dos imóveis em questão".
O Instituto Rio Patrimônio da Humanidade terá 30 dias para concluir a avaliação sobre os 18 estabelecimentos.
