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Ministra diz que vai acompanhar investigação sobre ação em favela

Vídeo da polícia do Rio mostra agentes mudando corpo de local

DAMARIS GIULIANA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, disse que vai acompanhar as investigações sobre a operação da Polícia Civil na favela do Rola, na zona oeste do Rio de Janeiro, em 16 de agosto do ano passado.

Vídeo revelado anteontem pelo jornal "Extra" mostra policiais, em um helicóptero, disparando durante seis minutos sobre a comunidade.

Outra cena é a de um corpo sendo arrastado por 70 metros para forjar um auto de resistência -quando há confronto com a polícia.

"O vídeo é muito forte", disse Maria do Rosário.

Ela diz ser contra os registros de auto de resistência, que, segundo ela, jogam uma cortina de fumaça sobre muitas investigações de mortes.

"O registro como auto de resistência mostrou-se irregular e isso gerou uma fraude na perícia", afirmou.

A ministra criticou ainda o uso de helicópteros para abrir fogo contra comunidades, especialmente numa situação em que mulheres e crianças também estão expostas.

"O uso dessas tecnologias deve servir para proteger a população, jamais colocá-la em risco", afirmou.

O uso do armamento em helicópteros da polícia foi proibido em 2009 por ser considerado pouco preciso.

Os helicópteros continuaram em uso pela polícia. Em maio do ano passado, o traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, 37, foi baleado por dois disparos feitos por um atirador de elite posicionado no helicóptero da Polícia Civil.

Ele foi encontrado morto em um carro, na favela Vila Aliança, no bairro de Bangu, zona oeste da cidade.

VÍDEO

A gravação divulgada tem mais de 90 minutos e foi feita pela própria Polícia Civil.

As cenas mostram criminosos desfilando com armas entre a população. Um dos policiais alerta sobre o risco de atingir inocentes. Mesmo assim, o Águia 2 abre fogo.

Na sequência, os policiais desembarcam, vão até um bar metralhado e comemoram, com a equipe de um blindado, ao encontrar três corpos. Outra vítima é achada numa casa, e o corpo é levado num lençol para o bar.

A chefe da Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, disse em nota que há um inquérito sobre a operação e que testemunhas confirmam que houve confronto entre policiais e traficantes na ocasião.


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