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CNJ é criticado por regra para casamento gay em cartórios

Ministros do STF ficaram descontentes

DE BRASÍLIA

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), ouvidos reservadamente, afirmam que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) não poderia ter editado regra obrigando cartórios de todo o país a celebrarem casamentos entre gays.

Por isso, acreditam que o STF será provocado para discutir o assunto. A resolução entra em vigor hoje.

Sem questionar o mérito, com o qual muitos ministros concordam, eles dizem que não caberia ao conselho, que tem caráter administrativo, editar resolução tratando de uma questão que, por enquanto, diz respeito à interpretação da Justiça estadual.

Segundo eles, o STF se limitou a analisar o direito à união estável em 2011, decisão que não poderia ser estendida automaticamente para outros direitos.

No mesmo ano, o Superior Tribunal de Justiça reconheceu o casamento gay ao analisar um caso, mas a decisão não vincula julgamentos de instâncias inferiores.

Um dos ministros disse que o conselho teria desrespeitado o principio da legalidade, segundo o qual "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei", conforme diz a Constituição.

A Folha também falou com conselheiros do próprio CNJ. Eles mesmos admitem que o tribunal "extrapolou a competência" e acrescentam que não houve discussão prévia.


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