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Brasileiras são acusadas de prostituir filhas na Espanha
Polícia prendeu duas mulheres que ofereciam as jovens, ambas menores de idade, em site e redes sociais
Duas brasileiras suspeitas de prostituir suas filhas foram presas ontem em Cáceres, no oeste da Espanha. Segundo a polícia local, as mulheres, de 29 e 34 anos, gerenciavam a exploração sexual das filhas, ambas menores de idade.
Os nomes não foram divulgados pela polícia, que disse à Folha que elas ainda não haviam apresentado advogado.
Segundo a polícia, elas ofereciam serviços sexuais das filhas havia três meses, em apartamento alugado num bairro nobre da capital da Estremadura, região com o menor índice de imigrantes do país.
Por isso, as brasileiras chamaram a atenção dos vizinhos, contou à Folha por telefone uma das moradoras do prédio. Sobretudo pela frequência de festas e homens no apartamento, que fica em um edifício habitado normalmente por universitários.
No local, uma das mulheres vivia com a filha, de 17 anos, e outra brasileira, de 19 anos, também detida. A outra adolescente, de 16, vivia com a mãe num povoado próximo.
A polícia descobriu, após denúncia, que as mulheres anunciavam em sites e redes sociais, de forma sigilosa, o local sob o nome de Apartamento Relax. Nos anúncios, ofereciam meia hora de serviços sexuais a € 70 (R$ 180), dos quais repassavam € 50 às filhas.
A lei espanhola não proíbe a prostituição nem a existência de casas para esse fim, mas penaliza a exploração sexual.
As adolescentes foram enviadas, por ordem da Justiça, a um centro de cuidados de jovens por estarem "em situação de risco e desamparo". A Justiça tenta agora encontrar os pais das duas meninas.
As brasileiras responderão à acusação de corrupção de menores. A que alugava o apartamento seguirá presa; a outra aguardará o julgamento em liberdade, mas ainda será responderá por extorsão a um cliente, que também foi preso.
Se condenadas, podem pegar até dez anos de prisão.
A nacionalidade brasileira é a segunda com mais prostitutas no país, atrás da romena.