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Cidade soma 28 mortes por gripe A, recorde em 4 anos

Número já é o triplo do registrado em 2012 e o maior desde a pandemia de 2009

Município e Estado emitiram alertas para médicos; autoridades afirmam que não há motivo para pânico

ANA KREPP COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

Os casos e mortes provocados pela gripe A (H1N1) na capital paulista atingiram seu maior número desde a pandemia da doença, em 2009.

De janeiro até ontem, a cidade já registrou 252 pessoas infectadas e 28 mortes. Em 2012 inteiro houve nove mortes; nos dois anos anteriores, nenhuma; em 2009, 130.

Município e Estado emitiram alertas ontem às unidades de saúde para que os médicos detectem rapidamente a doença e prescrevam um medicamento conhecido como Tamiflu, indicado para quem contraiu a gripe A.

Segundo Rosa Nakazaki, gerente do Centro de Controle de Doenças do município, há preocupação porque a época crítica do H1N1 se antecipou em um mês. "Estamos preocupados, acompanhando a evolução."

A médica sanitarista avalia que um dos motivos para a incidência de casos seja a mudança climática, que leva à concentração das pessoas em ambientes fechados. Admite ainda a hipótese de mudança no próprio vírus.

Se desde janeiro já foram contabilizadas 252 pessoas infectadas na cidade, nos três anteriores a quantidade anual se limitou a 30 (em 2010), 14 (2011) e 48 (2012).

Autoridades de saúde dizem, porém, que não há motivo para pânico. A maior parte dos afetados (cerca de 80%) integra grupos de risco específicos (como grávidas, idosos e recém-nascidos).

A Secretaria Municipal da Saúde já havia estendido a vacinação contra a gripe até 29 de maio. A campanha, que deveria terminar hoje, atingiu 77% do grupo prioritário.

Quem está fora desse grupo não precisa se vacinar, segundo o Ministério da Saúde.

A imunização serve principalmente para evitar o agravamento nos grupos de risco. Quem tem saúde em dia normalmente não desenvolve a forma mais grave da doença.

"A gripe A não é uma doença grave para pessoas que estão bem, é uma doença chata, dura mais tempo, causa desconforto. Se a pessoa não quer pegar nada, tem que vacinar mesmo pela rede particular", diz Marcos Boulos, diretor da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde.

O ministério já contabiliza 38 mortes no país. O dado, porém, está defasado --só foi atualizado até o último dia 4.

Segundo a pasta, não está claro ainda sobre o motivo da alta em São Paulo. O padrão do vírus é de circulação localizada --em 2012 foi no Sul.

A Secretaria da Saúde diz que o combate à doença hoje é diferente do começo de 2009 --quando não existia medicamento nem vacina.


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