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Foco

Secretário quer que morador de rua de Salvador beba cachaça 'em casa'

NELSON BARROS NETO DE SALVADOR

A Prefeitura de Salvador quer proibir o consumo de cachaça nas ruas. O objetivo é "cortar o acesso" de moradores de rua à bebida.

"Eles passam o dia com cachaça em garrafa de dois litros, perambulando e assustando as pessoas, dormindo em pleno passeio", diz Maurício Trindade, secretário de Promoção Social.

Autor do projeto levado ao prefeito ACM Neto (DEM), Trindade foi alvo de brincadeiras nas redes sociais após dizer, a uma rádio, que os moradores de rua passariam a beber álcool em casa. "Se tirar o objeto do consumo uma, duas, três, quatro vezes, ele passa a usar em casa, mas não na rua".

Trindade diz que o foco, caso a proposta passe, será a cachaça, embora o texto cite bebidas com teor acima de 35 graus Gay Lussac. "Você não vê ninguém tomando uísque em praça pública."

Ele nega que a proposta estigmatize os moradores de rua. "Quem é contra é porque não conhece o projeto ou porque defende o sexo, a droga e a bagunça nos logradouros públicos. Quem defende a família, a igreja, está apoiando."

Trindade afirma que há 3.500 moradores de rua na capital baiana e que a maioria consome cachaça em público.

A Guarda Municipal, diz ele, fará a fiscalização e a apreensão da bebida--ainda não há definição sobre punições.

ACM Neto não foi localizado para comentar o tema.

Em São Paulo, projeto do deputado Campos Machado (PTB) na Assembleia veta venda e consumo de bebida alcoólica "em qualquer recinto público coletivo", incluindo vias.


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