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SP reajusta ônibus e metrô para R$ 3,20

Para ajudar Dilma a conter inflação, Haddad subirá tarifa em 6,7%, muito abaixo do IPCA acumulado em 15,5%

Novo preço valerá a partir de 2 de junho; redução de impostos federais contribuiu para decisão de petista

DE SÃO PAULO

A prefeitura petista de São Paulo e o governo tucano do Estado anunciaram ontem um reajuste conjunto das tarifas de transporte público para o dia 2 de junho.

As passagens de ônibus municipais, metrô e trens metropolitanos subirão de R$ 3 para R$ 3,20 --6,7% de reajuste, conforme antecipado pelo site da Folha. A integração do ônibus com metrô ou trens custará R$ 5, alta de 7,5% sobre os atuais R$ 4,65.

O aumento dos ônibus ficou bem abaixo da inflação de 15,5% do IPCA (índice oficial, calculado pelo IBGE) acumulado desde janeiro de 2011, data do último reajuste.

Também ficou aquém dos 12,9% do IPC --aferido pela Fipe na capital paulista.

A decisão do prefeito Fernando Haddad (PT) de não seguir a inflação, o que elevaria a tarifa de ônibus para R$ 3,47, foi tomada para ajudar o governo federal.

No começo do ano, Haddad e Alckmin aceitaram o pedido da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ministro Guido Mantega (Fazenda), preocupados com a inflação, de adiar o reajuste das tarifas --que tem forte influência na aceleração de preços no país.

"Preciso colaborar com a população dando o menor reajuste possível diante da realidade orçamentária. Acho importante neste ano fazer isso, que é uma forma de colaborar com o país, colaborar com o poder de compra do salário do trabalhador", declarou Haddad anteontem.

O novo valor da passagem definido pelo petista também teve contribuição do governo federal, que decidiu suspender a cobrança de dois impostos (PIS e Cofins) pagos pelas empresas de transporte coletivo e que incidem sobre essas tarifas em todo o país.

O aumento muito abaixo da inflação destoa das decisões da prefeitura pelo menos desde 1994, na época de implantação do Plano Real.

De lá para cá, houve outros 11 reajustes na tarifa de ônibus paulistana. Em nove deles, os índices ficaram acima da inflação; em dois, abaixo, mas muito próximos do IPCA.

Para bancar um aumento aquém da inflação, o subsídio dado pela prefeitura às empresas de ônibus neste ano poderia chegar a R$ 1,25 bilhão -- recorde em mais de uma década e 30% superior ao gasto em 2012.

A conta, no entanto, poderá ser revista diante da redução dos tributos federais.

O subsídio é um recurso repassado pelo poder público às viações para compensar a diferença entre a receita e os gastos do sistema.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) concedeu um reajuste na tarifa de trens e metrô um pouco menor que os 7,88% medidos pelo IPCA desde fevereiro de 2012 --data do último aumento.

Antes de os novos preços entrarem em vigor, os passageiros do metrô ainda enfrentarão uma ameaça de greve.

Em campanha salarial, os metroviários decidiram ontem em assembleia marcar uma paralisação na próxima terça. A decisão ainda será rediscutida na véspera.


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