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Polícia e manifestantes se enfrentam no Rio

Protesto com 1.200 pessoas acabou em confronto perto do Maracanã, onde foi a final da Copa das Confederações

Policial teve farda incendiada por bomba caseira; grupo foi encurralado e atingido por balas de borracha

DO RIO DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Policiais e manifestantes contrários aos gastos do Brasil com a Copa e à privatização do Maracanã, no Rio, entraram em confronto no entorno do estádio ontem à noite, momentos antes da final entre Brasil e Espanha pela Copa das Confederações.

Após o jogo, houve novos confrontos na região.

A manifestação começou de forma pacífica. Com faixas e cartazes, os manifestantes gritavam palavras de ordem como "não vai ter Copa".

Mas por volta de 18h40, eles chegaram perto do estádio, onde havia uma barreira de policiais com escudos.

Parte dos manifestantes, estimados pela PM em 1.200 pessoas, lançou pedras e bombas de fabricação caseira contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha.

O grupo correu e se espalhou por ruas da Tijuca e do Maracanã, bairros no entorno. Alguns usavam estilingues para arremessar bolas de gude em direção à polícia.

Cerca de 50 pessoas ficaram encurraladas em uma das vias. Os policiais se concentraram dos dois lados da rua e disparavam bombas contra o grupo. Com as mãos para cima, eles conseguiram deixar o local.

Uma parte dos manifestantes foi em direção a uma praça onde se concentram bares e restaurantes. Houve briga com aqueles que, nos bares, acompanhavam o jogo e foram chamados de "alienados". A polícia foi chamada e acalmou a situação.

Moradores da região reclamavam que o gás lacrimogêneo atingiu suas casas. O cheiro foi sentido também nas arquibancadas do setor amarelo do estádio.

Quase ao final o jogo, os manifestantes voltaram e sentaram no cruzamento de duas vias a 500 metros do estádio do Maracanã.

A polícia os espalhou novamente. Ocorreram, então, diversos pequenos confrontos pelas ruas da Tijuca.

PRESOS

O confronto deixou um saldo de dois presos. Três policiais e dois manifestantes ficaram feridos, sem gravidade. Dezessete coquetéis molotov foram apreendidos.

Um policial, atingido por uma bomba caseira, teve parte da farda incendiada em uma das pernas. Encaminhado para um hospital, foi liberado no fim da noite.


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