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Licitação do Metrô tem suspeita de cartel
PF fez busca em 13 empresas de São Paulo, Brasília, Hortolândia e Diadema
Alckmin diz que governo paulista 'é o maior interessado' e que também 'fará investigação própria'
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) iniciou investigação para apurar indícios de cartel em licitações públicas de trens e metrôs do país. A associação entre empresas pode ter inflado os preços, diz o órgão.
Anteontem, foi deflagrada uma operação com a Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão em 13 empresas de Brasília, São Paulo, Hortolândia e Diadema.
Há indícios de cartel ao menos em SP e no Distrito Federal. Na capital paulista, o Cade apura irregularidades na disputa de contratos de extensão das linhas 5-lilás e 2-verde do Metrô e de compra e manutenção de trens da CPTM.
O caso começou a ser apurado pelo órgão com denúncia de um dos participantes do suposto esquema após "acordo de leniência" --pelo qual o delator contribui em troca de imunidade.
Caso os indícios sejam confirmados, será instaurado um processo administrativo.
O governador Geraldo Alckmin disse ontem que "o governo é o maior interessado [na investigação]", "dará todas as informações" e "fará investigação própria".
A suspeita de que empresas com sede no Brasil estariam oferecendo preços superiores aos de mercado levou o governo a suspender, em 2012, uma licitação para a compra de 65 trens --além de abrir novo edital, aberto para empresas estrangeiras.
