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Empresa reivindica reajuste maior de pedágio na Régis
Custo para duplicar trecho de serra e inclusão de obras forçam aumento acima do IPCA, afirma concessionária
Agência reguladora ainda não se manifestou sobre o pedido; valor hoje é de R$ 1,80 nas seis praças
O aumento do custo da duplicação do trecho na serra do Cafezal e a inclusão de novas obras na rodovia Régis Bittencourt (BR-116) vão provocar aumento do pedágio acima do IPCA (índice de inflação que corrige o valor da tarifa). A informação é da concessionária Autopista Régis Bittencourt.
A empresa espera aval da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que ainda não tomou uma decisão. A tarifa sobe em dezembro.
Hoje, o pedágio é de R$ 1,80 nas seis praças. Esse valor poderia ser maior caso não houvesse um congelamento, por dois anos, em razão de atraso em obras.
Ontem, a concessionária fez uma apresentação do estágio da duplicação e da complexidade da obra, que terá quatro túneis com total de 1.800 metros e 36 pontes e viadutos.
Foram feitas adaptações na obra para reduzir o impacto ambiental, mas o preço subiu e chega a R$ 700 milhões.
Além disso, a empresa já incluiu no novo traçado da serra do Cafezal as bases para implantar mais uma faixa em cada sentido, além das previstas no contrato. Na descida, a serra terá então três faixas e, na subida, quatro.
O superintendente da Autopista, Eneo Palazzi, estimou que o impacto para o usuário não será alto, porque a chamada TIR (medida de lucratividade do contrato) é considerada baixa, de 8%.
Em estradas estaduais paulistas, ela chega a mais de 20%. A TIR é aplicada sobre o investimento adicional para calcular a cobrança extra.
PRORROGAÇÃO
Quando foi assinado o contrato, em fevereiro de 2008, a previsão era que a serra estivesse duplicada em 2011. Houve prorrogação e, em setembro, a ANTT determinou que a obra deve estar pronta em fevereiro de 2017.
Na época do leilão, o baixo valor da tarifa em relação a outras rodovias privatizadas foi criticado por especialistas, pois seria insuficiente para bancar o investimento. A concessão é de 25 anos.
Palazzi disse que a duplicação reduzirá o tempo de viagem. Carros farão a rota Curitiba-São Paulo em cinco horas. Hoje, são sete. Veículos pesados farão em cerca de sete horas, ante as atuais 12.