Folha de S.Paulo

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Ônibus híbridos transportam turistas no Parque do Iguaçu

ESTELITA HASS CARAZZAI ENVIADA ESPECIAL A FOZ DO IGUAÇU (PR)

Cinco ônibus híbridos (movidos a eletricidade e a diesel) começaram a circular nesta semana no Parque Nacional do Iguaçu, um dos pontos turísticos mais visitados do país.

Com dois andares, mais silenciosos e até 90% menos poluentes do que os ônibus comuns, os veículos levarão os turistas da entrada do parque até as Cataratas, num percurso de 12 km.

O local deverá servir como vitrine para os chamados hibribus, ainda vendidos quase "no varejo", em pequenas quantidades, já que a maioria das cidades brasileiras não tem regras para estimular o uso de veículos menos poluentes.

Hoje, apenas 70 ônibus híbridos, produzidos pela Volvo e pela Eletra, empresa de São Bernardo do Campo (SP), circulam no país, no transporte público de Curitiba e da Grande São Paulo. Não chegam a representar 1,5% da frota nessas cidades.

Os hibribus ainda são 50% mais caros do que os ônibus comuns. A bateria, que movimenta o motor elétrico, é alvo de preocupações dos potenciais compradores, que temem quanto a sua vida útil.

"A maior barreira é o pioneirismo", diz o presidente da Volvo Bus na América Latina, Luis Carlos Pimenta.

As encomendas rarearam depois que os protestos de junho congelaram os preços das tarifas (e os investimentos) em boa parte das capitais. "Está tudo suspenso", afirma a gerente comercial da Eletra, Iêda Oliveira.

As fabricantes avaliam que faltam políticas públicas que estimulem a compra de ônibus menos poluentes.

Em agosto, o BNDES reduziu os juros para a compra de ônibus híbridos ou elétricos. Espera-se que isso atraia outras cidades a investirem nesse tipo de transporte.