Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Protestos no Rio e em SP têm confronto e ao menos 176 prisões

Polícias endurecem contra vandalismo; na capital paulista, balas de borracha voltam a ser utilizadas

Ato em São Paulo foi organizado por alunos da USP; no Rio, por professores da rede pública em greve

DE SÃO PAULO DO RIO

As PMs do Rio e de São Paulo endureceram para conter vandalismo em protestos, que terminaram ontem em confrontos, ao menos 176 detidos nas duas cidades e cenas repetidas de depredação.

Foram os primeiros atos que acabaram em violência após medidas mais duras dos governos paulista e fluminense principalmente contra os "black blocs" (que pregam destruição de patrimônios) desde a semana passada.

Em São Paulo, a Polícia Militar voltou a usar balas de borracha, suspensas desde junho, contra participantes de uma manifestação liderada por estudantes da USP.

O centro do Rio se tornou um campo de batalha por quase três horas, ao fim de uma manifestação de professores em greve que reuniu cerca de 50 mil, segundo organizadores --a Polícia Militar falava em 7.000.

O ato seguia pacífico quando, por volta das 20h20, um grupo decidiu caminhar até a Assembleia Legislativa do Estado, encontrou uma barreira policial e jogou pedras.

A polícia, criticada na segunda-feira da semana passada por não ter reagido em um protesto que acabou em vandalismo, atirou bombas de efeito moral e de gás.

Havia a confirmação de pelo menos 120 pessoas detidas pela PM --na semana passada, tinham sido 18. Um representante da OAB dizia haver mais de 200 nas delegacias.

Lojas, agências bancárias, pontos de ônibus, prédios públicos e edifícios comerciais foram depredados. Um carro da polícia foi incendiado.

O protesto de alunos da USP na capital paulista pedia maior participação política na universidade, cuja reitoria está invadida. Também acabou em confronto violento.

Cerca de 3.000 manifestantes, segundo os estudantes, e 300, de acordo com a PM, se reuniram às 17h no largo da Batata (zona oeste), de onde partiram em direção ao Palácio dos Bandeirantes (zona sul).

Quando chegaram à av. Eusébio Matoso, no entanto, eles decidiram mudar a rota. O grupo entrou na marginal Pinheiros e bloqueou todas as pistas no sentido Morumbi. Para evitar que eles seguissem, a PM formou um cordão de isolamento e foi atingida por pedras atiradas por adeptos do "black bloc".

Em troca, atirou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Parte dos manifestantes correu em direção à loja de decoração Tok&Stok, onde havia clientes. A confusão causou pânico no local.

Outra parte se espalhou pelas ruas da região, provocando atos de vandalismo.

Na av. Vital Brasil, ao menos quatro bancos foram depredados. Um ônibus e um carro da Via Quatro, que gerencia a linha 4-amarela do Metrô, também foram destruídos --assim como vidros da estação Butantã.

O DCE (Diretório Central Estudantil) da USP criticou a ação policial e disse que ao menos 15 manifestantes ficaram feridos. A polícia afirma que oito PMs se feriram.

Ao menos 56 pessoas acabaram detidas pela polícia e levadas para uma delegacia, incluindo mulheres e professores --a maioria não estava com roupas típicas dos "black blocs" e ao menos 12 foram liberadas no final da noite.

No ato do último dia 7, a polícia deteve 14 pessoas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página