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José Antônio dos Santos (1949-2013)

Barbeirinho e os sambas-enredo da Grande Rio

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

A música sempre fez parte da vida de José Antônio. Adolescente, cantava na igreja; depois, dedicou-se ao samba.

O reconhecimento veio ao se tornar compositor de sambas-enredo da Grande Rio, de Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense onde ele nasceu e passou a vida.

Barbeirinho --apelido que ganhou por ter trabalhado como barbeiro-- foi o maior vencedor de disputas de samba-enredo dentro da escola. Durante os 25 anos da Grande Rio, suas composições animaram oito desfiles na Sapucaí. Apesar de ter sido assediado por outras agremiações, sempre foi fiel à sua.

Dinea, com quem viveu por 30 anos, era sua companheira também no barracão. Os filhos, Wellington e Jaqueline, não se envolveram muito com a escola, mas seguiram os passos do pai: ela canta e ele toca cavaquinho.

Funcionário público, Barbeirinho não conseguiu sobreviver só da música. Ainda assim, deixou dezenas de sambas e poemas "escondidos" em casa. Dinea afirma que a família quer que todas as composições sejam gravadas para que a obra completa do marido seja conhecida.

Sempre de bem com a vida, não desanimou nem após ficar cego por causa do diabetes, há quase três anos.

Morreu na quinta (10), aos 64 anos. Além da viúva e dos filhos, deixa dois netos.

Seu corpo foi velado na quadra da Grande Rio, ao som da sua composição preferida, que embalou a escola no Carnaval de 1996: "Imponho sou Grande Rio, amor/ Dando um banho de cultura, eu vou/ Pro abraço da galera, me leva/ Lindo como o pôr do sol eu sou", diz o refrão.


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