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Cotidiano

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Governo vai monitorar preços na Copa

Comitê interministerial será encarregado de fiscalizar valores de tarifas, como as de passagens aéreas e os hotéis

Folha revelou que, durante a Copa, preço de bilhete aéreo já está dez vezes maior do que em dias normais

TAI NALON FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA

O governo criou ontem um grupo para monitorar preços, tarifas e qualidade dos serviços antes e durante a Copa do Mundo do ano que vem.

A presidente Dilma Rousseff (PT) foi quem determinou a criação do comitê.

Na segunda-feira, a Folha revelou que, a oito meses para a Copa do Mundo, o preço de passagens aéreas chega a ser dez vezes mais alto do que em um dia normal.

O valor cobrado do passageiro é superior, por exemplo, ao de bilhetes para a Europa e para os Estados Unidos no mesmo período.

A primeira reunião do grupo interministerial será já na semana que vem.

Sob a coordenação da Casa Civil, os ministérios do Esporte, Justiça, Turismo, Fazenda, Saúde e a Secretaria de Aviação Civil vão, com os Procons das 12 cidades-sede, fazer um "diagnóstico detalhado" do preço e da qualidades de passagens, hotéis, restaurantes, aeroportos e demais serviços turísticos.

FISCALIZAÇÃO

Integrantes do governo evitam classificar o que seria um valor abusivo para as tarifas.

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) também poderá acionar o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para fiscalizar, nos setores aéreo e hoteleiro, situações que ameacem a livre concorrência.

"Não tabelamos nem tabelaremos preços, mas nós não permitiremos abusos", disse a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), em referência ao pedido feito pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, de que os preços das passagens aéreas sejam tabelados.

"Vamos utilizar todos os instrumentos à disposição do Estado para garantir a defesa dos direitos do consumidor, seja ele brasileiro, ou estrangeiro", disse a ministra.

O monitoramento valerá, inclusive, para os produtos oferecidos pela Fifa dentro dos estádios, como refrigerantes, lanches e cerveja. Cardozo disse que o grupo poderá tomar medidas, desde que fique comprovado o abuso.

O ministro não disse que medidas podem ser tomadas.

"Tudo será analisado pelo comitê. A partir do momento em que nós entendermos que existem situações que estão fugindo daquele parâmetro, tomaremos as medidas cabíveis", disse o ministro, ao ser questionado especificamente sobre os preços nos estádios durante a Copa.

Inicialmente uma das explicações dadas pelas empresas aéreas para o aumento nas tarifas é a lei da oferta e da demanda: se mais gente compra, restam menos lugares no voo --e os assentos que sobram encarecem.

Outro argumento foi que as passagens estão fixadas pelo valor máximo porque as empresas estão esperando o sorteio dos grupos da Copa, que permitirá saber em que cidade cada seleção jogará.


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