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Adair José de Aguiar (1924-2013)

O escritor e seu amor pelas 'coisas bonitas'

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Adair José de Aguiar era um escritor que, como ele gostava de dizer, amava "as coisas bonitas da vida". A música clássica e a natureza, que também inspiravam seus textos, eram alguns exemplos.

De família humilde, começou trabalhando como faxineiro em uma escola de Campo Grande (MS), após largar a batina de padre e deixar o Rio Grande Sul, sua terra natal.

Trabalhador, tornou-se professor, diretor e dono do colégio, que hoje não existe mais.

Durante toda a vida, nunca abandonou o gosto pela escrita, apesar das dificuldades. Começou escrevendo crônicas para o jornal "Correio do Estado", de Campo Grande. Em 1975, passou a ocupar a cadeira nº 26 da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.

Morou ainda em Porto Alegre, para cursar direito na PUC, e no interior de Santa Catarina, onde exerceu a advocacia como criminalista.

Apenas em 2000 publicou seu primeiro livro. A sugestão foi da mulher, Helena, que não queria que os textos do marido "se perdessem". Desde então, foram 43 títulos, entre crônicas, romances, contos, poesias e sonetos. Todos com capas desenhadas pela companheira.

Havia 13 anos sofria de câncer, primeiro de próstata e, recentemente, de ossos. Morreu anteontem, aos 89 anos. Além da viúva, deixa os filhos, Norilene e Mauro -que também é escritor-, e a neta, Laís.

No velório, a família distribuiu um livro para cada pessoa que foi se despedir do escritor. Durante o tempo em que esteve internado no hospital, o próprio Adair fez questão de dar suas obras aos médicos e enfermeiros. Para espalhar cultura, dizia.


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