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Operação antifraude prende 89 no Detran-RJ
Segundo investigação, cobrança de propina para liberar carros de vistoria no Rio gerava até R$ 2 milhões por mês
Ação é considerada o maior esquema de corrupção na história do órgão; foram 122 mandados de prisão
Uma operação contra fraudes no Detran do Rio prendeu ao menos 89 pessoas ao longo da manhã de ontem, segundo a secretaria estadual de Segurança Pública.
A operação teve como objetivo desarticular, segundo o próprio Detran, o maior esquema de corrupção já detectado no órgão.
Segundo a secretaria, o esquema consistia na liberação de veículos sem necessidade de vistoria mediante pagamento de propina.
A suspeita é que a irregularidade tenha movimentado até R$ 2 milhões por mês.
O valor cobrado para liberação de carros variava entre R$ 500 e R$ 1 mil.
Foram expedidos 122 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão contra funcionários, prestadores de serviço e despachantes ao longo do dia.
As buscas ocorreram em 17 municípios do Rio e em 29 bairros da capital fluminense.
O trabalho é coordenado pela corregedoria do Detran, pelo Ministério Público, e pela Draco-IE (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais) da Polícia Civil do Rio. As investigações começaram em março.
VISTORIA
A vistoria do Detran, anual e obrigatória para todos os veículos, avalia a conformidade dos automóveis com os requerimentos da legislação.
De acordo com o site da instituição, são avaliados quesitos como funcionamento dos sistemas elétrico e de iluminação, estado dos pneus e presença de todos os equipamentos obrigatórios, entre outros itens.
A aprovação na vistoria é necessária para o licenciamento dos veículos, exigido anualmente.
