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Outro lado

Municípios culpam gestões passadas

Secretário do Ministério da Saúde diz que a pasta investe em auditorias preventivas para 'evitar o desperdício'

DA ENVIADA AO MARANHÃO DE SÃO PAULO

Responsáveis pela aplicação dos recursos da saúde, prefeitos e secretários de alguns municípios citados pela reportagem negaram irregularidades e atribuíram problemas a gestões passadas.

"Em dez meses ninguém consegue melhorar o cenário de vários anos", disse a atual secretária da Saúde de Rosário, Mauricéa Lopes.

"Até a mesa do parto está enferrujada. Preferimos deixar como está por ora do que uma mulher morrer por infecção."

A crítica à "herança maldita" é compartilhada pelo último gestor. "Quando assumi nem chave do hospital encontrei", afirma Marconi Bimba (PRP), prefeito de Rosário de 2009 a 2012 e apontado como um dos responsáveis por impropriedades na gestão de R$ 6,9 milhões do SUS na cidade.

Ele reconhece, porém, casos de irregularidade. "Mas não tem dolo, tem desconhecimento burocrático das regras do Ministério da Saúde."

Investigado sob suspeita de desvio de recursos e relação com agiotas, ele nega e diz que a cidade se divide em brigas políticas. "Por mais que quisesse desviar dinheiro, roubar tudo da saúde, não tinha como roubar tantos milhões."

Em Ibiaçá (RS), o problema é atribuído ao ex-prefeito João Rudemar da Costa (PDT). A Folha não o localizou. A Prefeitura de Água Branca (PI) disse que as suspeitas atingem antigas administrações.

A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Nossa Senhora dos Remédios (PI) e Acará (PA).

MINISTÉRIO

O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Luiz Monteiro, diz que a pasta investe em auditorias preventivas para "evitar o desperdício" dos recursos do SUS.

Segundo ele, houve 5.405 auditorias de 2008 a 2012. Dessas, 1.339 (25% do total) tiveram pedidos de ressarcimento por problemas na gestão dos recursos, segundo dados obtidos pela Folha.

"Nosso universo auditado é muito superior [aos casos com problemas]", diz.

Do total de recursos cobrados, ao menos R$ 194 milhões já foram restituídos, diz. O restante espera relatórios ou é questionado na Justiça. Segundo ele, problemas como descumprimento de regras técnicas podem ser corrigidos em acordos.


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