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Ativistas invadem aula prática com porcos na PUC de Campinas
Ao menos duas pessoas entraram em sala para filmar estudantes operando cinco animais
Segundo colega, intenção do grupo era mostrar que animais estão sendo mortos sem necessidade
Ativistas invadiram e interromperam anteontem uma aula prática do curso de medicina da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas em que porcos estavam sendo operados pelos alunos.
Eles filmaram o procedimento e saíram após a segurança ser acionada. O professor que orientava os alunos, Joaquim Simões Neto, registrou boletim de ocorrência.
Segundo a universidade, os alunos realizavam procedimentos básicos de técnica operatória em cinco animais.
Entre as práticas realizadas estão a traqueostomia (corte feito no pescoço para permitir a respiração), a flebotomia (incisão cirúrgica em uma veia) e a drenagem de sangue do tórax.
Os ativistas não tinham autorização para entrar no local e, segundo a assessoria da PUC, um deles é um ex-funcionário. Pelo menos duas pessoas participaram do ato.
O grupo faz parte do CIA (Compaixão, Informação e Atitude Animal), um dos coletivos que participaram do resgate de beagles do Instituto Royal, em São Roque (SP), na sexta-feira passada.
"Estive na manifestação em São Roque e conheci os ativistas", diz Flávio Lamas, presidente do Conselho de Defesa dos Animais de Campinas. "Eles me ligaram ontem para avisar o que tinham feito na PUC", conta.
Segundo Lamas, a ideia do grupo é "mostrar que animais estão sendo usados desnecessariamente". "Já existem métodos substitutivos para evitar a morte dos animais."
O diretor-adjunto dos cursos da área de saúde da PUC, José Gonzaga, nega.
"Tudo o que podíamos reduzir, como o uso de programas de computador, já foi feito. Mas a tecnologia não substitui algumas coisas e, nesses casos, temos que usar animais", diz.
A universidade afirma que as práticas são padronizadas pela Ceua (Comissão de Ética na Utilização de Animais), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
