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Maria Carmen Braga Murtinho (1920-2013)

Kalma Murtinho, a primeira-dama do figurino

RAFAEL FOLTRAM COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apaixonada pelas artes cênicas, Maria Carmen Murtinho dizia que havia nascido para criar e produzir o figurino de peças de teatro. No começo da carreira, chegou a atuar como atriz, mas logo percebeu que seu lugar era nos bastidores.

Em 60 anos de atuação no teatro, Kalma, como era conhecida, criou as roupas de mais de 200 peças, além de trabalhar na televisão e no cinema. No meio artístico, era chamada de "a primeira-dama do figurino no Brasil".

Também tinha paixão por chapéus. Além de adorar usá-los, chegou a dar cursos sobre a história do adereço.

Participou do teatro Tablado desde o seu início, após ser convidada, em 1951, pela amiga Maria Clara Machado. O primeiro de muitos prêmios veio quatro anos mais tarde, oferecido pela Associação de Críticos Teatrais do Rio de Janeiro.

Apesar do apelido de infância, sempre foi muito ativa. Na verdade, nem a família sabe a origem de Kalma, mas diz que nada tem a ver com calmaria.

Tocou órgão desde a década de 1950 na Missa do Galo da capela Santo Antonio, próxima ao teatro Tablado, sua obsessão. Os familiares reclamavam, já que nunca podiam viajar no Natal, mas a figurinista fazia questão da participação de todos.

Em homenagem, a missa do sétimo dia será celebrada nessa mesma capela, amanhã, a partir das 18h30.

Ainda neste ano, a Funarte (Fundação Nacional das Artes) deve lançar o livro "Kalma Murtinho: Figurinos", com fotos e ilustrações de roupas que ela desenhou durante sua carreira.

Morreu no domingo (20), de falência múltipla de órgãos, aos 93. Deixa a filha, Rita.


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