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Cotidiano

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Suspeito de agredir coronel da PM permanece detido

Estudante de 22 anos será levado para Centro de Detenção Provisória

Três menores foram apreendidos e levados à Fundação Casa; coronel recebeu alta na manhã de ontem

FELIPE GUTIERREZ DE SÃO PAULO

Oito pessoas ainda estavam detidas até a noite de ontem, suspeitas de crimes, como associação criminosa, roubo, lesão corporal e arremesso de explosivos, cometidos durante a manifestação do Movimento Passe Livre na última sexta-feira.

Três adolescentes também foram apreendidos no protesto e posteriormente encaminhados à Fundação Casa.

O caso mais grave é o do estudante Paulo Henrique Santiago dos Santos, 22, indiciado por tentativa de homicídio, flagrado agredindo o coronel da Polícia Militar Reynado Simões Rossi.

Amanhã, ele deve ser encaminhado ao Centro de Detenção Provisória do Belém.

Um fotógrafo de 22 anos prestou esclarecimentos à polícia sobre o caso, mas como não havia provas da participação dele no espancamento, foi liberado.

A agressão ao coronel foi o episódio mais violento da manifestação da sexta-feira.

Cercado por um grupo de "black blocs" que o golpearam com socos, pontapés e pedaços de madeira, ele teve a clavícula quebrada e sofreu cortes no rosto.

Um policial que trabalha como motorista de Rossi o resgatou com uma arma em punho, mas sem efetuar nenhum disparo durante a confusão.

Levado para o Hospital Clínicas, Rossi teve alta na manhã de ontem.

ESCALADA

Mauro Lopes, major da PM, disse que o colega dele se recupera em casa.

"Ele [Rossi] tem um perfil de negociador, conciliador. Pensou que poderia tentar um diálogo, mas isso não aconteceu. Ele não esperava uma agressão tão covarde."

Em entrevista ao "Jornal Nacional", o coronel disse ter sido surpreendido. "Eles passaram a agredir a mim e a meu policial. Eu me recordo que eu fui projetado ao solo a partir de uma pancada na cabeça que eu levei. Na segunda onda de agressões, eu já estava perdendo um pouco a lucidez."

Durante os protestos, que juntaram cerca de 3.000 manifestantes, segundo a PM, 92 pessoas foram levadas a distritos policiais da região central. Dessas, 81 já haviam sido liberadas ontem.

De acordo com Domingos Paulo Neto, diretor do Decap (Departamento de Polícia Jurídica da Capital), cerca de 30 deles já haviam sido qualificados em outras manifestações ou então já tinham passagem pela polícia.

"Os problemas deles estão começando", afirmou Neto.

O diretor do Decap acrescentou também que "os vândalos subiram o tom da violência utilizada".


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