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Enem teve 24 candidatos excluídos por postar fotos em redes sociais
Estudantes colocaram imagens da prova na internet e acabaram eliminados pelo MEC
Segundo o ministro Aloizio Mercadante (Educação), prova transcorreu sem grandes turbulências
Em balanço preliminar do Enem 2013, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou que o primeiro dia de prova transcorreu sem grandes turbulências.
Ao todo, a pasta identificou 24 candidatos que postaram fotos na sala de aplicação --e foram eliminados. No ano passado, somente no sábado foram 37 estudantes.
"Nossa avaliação do primeiro dia é que o Enem foi um êxito. Isso não quer dizer que a gente não tem que ter muita humildade e [seguir] trabalhando com seriedade. Todas as medidas de segurança foram eficientes", afirmou ontem o ministro.
O exame teve início às 13 horas e terminou às 17h30.
Cerca de 96 mil candidatos fizeram o exame à noite --eles estão entre os sabatistas (adventistas e alguns judeus).
Parte deles começou a fazer a prova às 19h. Os demais, em 13 Estados, além do Distrito Federal, farão o exame a partir das 20h, devido a uma decisão judicial.
O índice de abstenção na prova de ontem será divulgado hoje pelo MEC.
Entre as "surpresas" durante a prova está uma gestante de 20 anos que deu início a trabalho de parto ainda no local de aplicação de prova, em Teresina (PI).
"Ela sentiu as contrações, teve a bolsa rompida e foi conduzida ao hospital. A informação que temos é que é uma criança do sexo feminino", disse o ministro.
De acordo com monitoramento do Inep, órgão responsável pelo Enem, cerca de 700 candidatas gestantes tinham possibilidade de dar à luz nesse período. Elas estão em 315 municípios diferentes, onde as secretarias de saúde foram acionadas.
A primeira prova do Enem foi considerada bem feita e com enunciados "claros" pela maioria dos professores ouvidos pela Folha.
ÁFRICA
Chamaram atenção dos docentes as questões sobre direitos da mulher, direitos dos gays, genética moderna e história da África --cinco das 22 questões prioritariamente de história da prova eram sobre história de países africanos.
"Exageraram na dose. Não precisava de tudo isso", analisa o professor do Objetivo, Daily de Matos Oliveira."Isso faz parte de uma política do governo de ensinar África na sala de aula."
De acordo com ele, assuntos como os 60 anos da Petrobras eram esperados na prova de história. O assunto não apareceu no exame.
QUESTÕES ANULADAS
Segundo o coordenador geral do Anglo, de São Paulo, Luís Arruda, duas questões da área de ciências da natureza deverão ser anuladas. Uma questão é de química e outra de física.
Para o coordenador, as questões apresentam imprecisões na linguagem e nenhuma das alternativas está correta. "O Inep diz que testa as questões e não vê isso?"
À Folha, Arruda informou que vai orientar os alunos a entrar com recurso para anular as questões.
O MEC informou que vai se pronunciar sobre as questões depois de análise de sua comissão técnica e pedagógica.