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Grupo vai à casa de Haddad para fazer protesto contra IPTU

Manifestantes se reuniram na Paulista e foram até a porta do prédio do prefeito, no Paraíso (zona sul de SP)

Petista já comparou imposto a condomínio e disse que não vai 'voltar atrás mesmo se a Justiça for acionada'

RICARDO BUNDUKY CÉSAR ROSATI DE SÃO PAULO

Manifestantes --parte deles mascarados-- fizeram na noite de ontem um protesto contra a alta do IPTU em frente à casa do prefeito Fernando Haddad (PT), no Paraíso, zona sul de São Paulo.

O protesto, organizado em redes sociais, começou na região do Masp com 250 pessoas, por volta das 18h40, segundo a PM. Em marcha, eles chegaram a interditar a av. Paulista no sentido Paraíso.

O grupo, formado principalmente por jovens, se intitula "Movimento Unidos pelo Povo", diz ser apartidário e já havia apoiado protestos anteriores --como pela educação e pela redução da tarifa de transporte público.

Em torno de 60 pessoas do grupo saiu da Paulista e seguiu ontem para a porta do prédio do prefeito, onde permaneceram por cerca de meia hora, aos gritos de "Ei, Haddad, abaixa o IPTU!".

O reajuste do imposto proposto por Haddad foi aprovado nesta semana em segunda votação na Câmara.

O aumento em 2014 será de até 20% para residências e até 35% para os demais imóveis. A partir de 2015, os limites serão de 10% e 15%.

Metade dos imóveis terá reajustes seguidos até 2017.

O protesto de ontem foi acompanhado por dezenas de policiais militares. Embora não tenha havido confronto, um rapaz foi detido porque carregava uma barra de ferro --resultando em um princípio de tumulto.

O ato deixou a rua de Haddad às 21h30 e seguiu novamente em direção à av. Paulista, onde foi encerrado.

Procurada ontem à noite, a assessoria de Haddad não retornou aos recados deixados pela reportagem para dizer se ele estava em casa na hora da manifestação.

CONDOMÍNIO

Pela manhã, Haddad disse que não voltará atrás na decisão de reajustar o IPTU em São Paulo, mesmo diante da pressão de entidades de comércio e indústria e associações de moradores.

Juntas, elas prometeram ir à Justiça contra o aumento.

"Não vamos voltar atrás mesmo se a Justiça for acionada", afirmou Haddad.

Ao menos 25 associações de moradores fizeram um abaixo-assinado contra o projeto e pretendem entregá-lo ao prefeito da cidade.

Haddad já havia afirmado que, ao propor o reajuste, "fez o que os outros prefeitos fizeram" e comparou o IPTU à taxa de condomínio.

"É um tributo que eu pago com a maior alegria, porque eu sei que é um condomínio para a cidade."

Questionado ontem sobre o fato de a operação que resultou na prisão de quatro funcionários da prefeitura ter coincidido com a aprovação do IPTU, o prefeito desconversou e disse não haver ligação entre uma coisa e outra.


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