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Renato Venicius Canini (1936-2013)

Era o contrário de Zé Carioca

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Se Zé Carioca era malandro, festeiro e preguiçoso, seu "pai brasileiro", Renato Canini, tinha características bem opostas: gostava de ficar queitinho em casa e era reconhecido pela simplicidade, humildade e cordialidade.

Famoso por ter "abrasileirado" o personagem da Disney ao trocar suas roupas sérias por boné e camiseta e incluir favelas no cenário, o ilustrador dizia que o papagaio era apenas mais uma de suas criações. Tinha mesmo um carinho especial pelo índio Tibica, que falava às crianças sobre temas como ecologia.

Apesar de ter morado nas capitais São Paulo e Porto Alegre, apreciava lugares mais calmos, como sua pequena cidade natal, Paraí (RS).

Foi esse, aliás, um dos motivos que o levaram para Pelotas, no interior gaúcho, após se casar, em 1995, com Maria de Lourdes, também ilustradora --e colecionadora dos trabalhos do marido.

Além da editora Abril, que publicava as revistas da Disney, Renato desenhou para várias publicações, como o "Pasquim" e o "Jornal do Brasil", e ilustrou livros.

Há dez anos, foi premiado com o troféu HQ MIx e recebeu o título de "Grande Mestre" do quadrinho nacional.

Não frequentava uma igreja específica, mas era muito religioso. Lia a Bíblia todos os dias e "colocava em prática seus ensinamentos", conta Maria de Lourdes. "Era um artista maravilhoso, mas também muito generoso, um verdadeiro homem de bem."

Como um "bom gaúcho", divertia-se escolhendo temperos para carnes.

Morreu na quarta (30), aos 77 anos. Além da viúva, deixa três irmãs e um sobrinho.


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